A cantora Lena D’Água, com o álbum “Desalmadamente”, venceu o Prémio José Afonso, no valor de 5 mil euros, anunciou a Câmara Municipal da Amadora, que atribuiu o galardão.Foi também distinguido o álbum “Vida Nova”, de Manel Cruz, com uma menção honrosa.
O júri do Prémio José Afonso/2020, constituído pelos compositores Pedro Teixeira da Silva, em representação da Câmara da Amadora, e Sérgio Azevedo, em representação da Escola Superior de Música de Lisboa, e pelo vencedor da edição do ano passado, o músico António Zambujo, e decidiu, “por unanimidade, atribuir o prémio ao álbum ‘Desalmadamente’, de Lena D’Água”, divulgou a edilidade.
Sobre “Desalmadamente”, o júri considerou que se trata de um álbum composto por “brilhantes composições de Pedro da Silva Martins, e onde Lena D’Água demonstra uma capacidade vocal impressionante. Além de premiar o disco, premeia-se também a carreira da cantora Lena D’Água e a sua enorme capacidade de se reinventar”.
O júri decidiu ainda atribuir uma menção honrosa ao álbum “Vida Nova”, de Manel Cruz, “pelas suas composições fantásticas”, anunciou a autarquia.
Esta é a 32.ª edição do Prémio José Afonso, que tem como objetivo “homenagear o cantor e compositor [de ‘Grândola, Vila Morena’] e incentivar a criação musical de raiz portuguesa, distinguindo um álbum inédito”, editado no ano anterior ao da edição do prémio, “cujo tema tenha como referência a Cultura e a História portuguesas”.
Lena d’Água nasceu em Lisboa, em 1956, e estreou-se como vocalista na banda Beatnicks, em 1976. Gravou dois discos para crianças, “Qual é Coisa Qual é Ela?” (1979) e “Ou Isto ou Aquilo” (1992).
Fez parte da banda Salada de Frutas, e publicou também os álbuns “Sem Açúcar” (1980), “Perto de Ti” (1982), “Lusitânia” (1984), “Terra Prometida” (1986), “Aguaceiro” (1987), “Tu Aqui” (1989), “As Canções do Século” (1994), “Sempre” (2007), gravado ao vivo no Hot Clube, em Lisboa, “Carrossel” (2014) e “Desalmadamente” (2019).
Lusa