Lingerie: lojas iguais, regras diferentes

Especial-covid

Experimentar ou não a totalidade de um conjunto de lingerie, biquinis e fatos de banhos tem regras muitos distintas, mas podem ser mesmo discrepantes entre espaços pertencentes à mesma marca, nos diferentes pontos do país.

Esta visita às lojas encetada pelo delas.pt foi feita em centros comerciais em três cidades do país – Lisboa, Coimbra, Torres Vedras -, no inicio desta semana, e procurou perceber como estão a ser postos em marcha os novos cuidados de saúde pública requeridos na sequência da pandemia provocada pelo novo Coronavírus. Uma ida às compras que teve lugar em lojas de roupa, de perfumes e maquilhagem, lingerie e calçado.

Para lá do álcool gel, da contagem de clientes para assegurar a distância recomendada, das marcas evidentes nas linhas de caixa e de existir sempre uma funcionária que se dirige ao cliente para perguntar o que precisa, as regras para provar as peças chegam a ser dissonantes.

Se em Lisboa, uma das cadeias que vende estas peças considerou, mesmo depois de perguntado, não ser importante desinfetar o provador após a saída de uma cliente e antes de o delas.pt poder entrar para fazer provas, em Torres Vedras, a loja da mesma marca fez exatamente o contrário. Em Coimbra, a regra indicava que se podia experimentar um soutien, mas não as cuecas. Por comparação, em Torres Vedras e Lisboa não houve qualquer limitação.

Numa outra cadeia que comercializa lingerie e fatos de banho, não havia, em nenhum dos espaços visitados pelo delas.pt, limitação nas peças a provar. Contudo, havia recomendações. Na loja em Lisboa, todos os provadores tinham uma nota escrita na qual solicitava aos clientes que fizessem a prova das peças sempre por cima das que estava a usar.

Após experimentadas, a primeira cadeia de lojas dispunha de um cesto para colocar as peças experimentadas. A segunda mostrou ter uma política diferente. Em Lisboa, por exemplo, os acessórios experimentados foram recolhidos por uma funcionária, imediatamente desinfetadas com spray e guardadas num outro ponto da loja.

Neste mesmo espaço, a colaboradora perguntava o que a cliente procurava e tentava evitar a prova das peças em exibição, procurando uma semelhante nas gavetas. Só em caso de tal não acontecer é que a cliente era convidada a experimentar o tamanho exposto.