Lisboa: Loja põe máscaras em noivas e convidados

GI_Leonardo Negrão tratada
Montra de loja de noivas em Lisboa [Fotografia: Leonardo Negrão/Global Imagens]

As máscaras que, no início da pandemia, deveriam ser usadas cirurgicamente por poucos começam, afinal, a ser de uso generalizado. Depois de serem feitas em casa e à mão, elas estão a reinventar-se e a chegar a cada vez mais áreas da sociedade e momentos da vida. Para lá das regras definidas para ir à praia de máscara, há já lojas que as assumem nas suas montras.

Em Lisboa, em plena Rua Andrade Corvo, a loja Blanco, de portas abertas há pouco mais de um ano, decidiu colocar máscaras nos manequins de uma noiva, de um noivo e até para convidados dessa cerimónia.

Ao Delas.pt, Sofia Mendes, proprietária desta loja de noivas e de exclusivos por medida, afasta para já a possibilidade de fazer máscaras de proteção ou tapa-máscaras para casamentos por uma questão de saúde pública.

Sofia Mendes, proprietária da loja de noivas Blanco, em Lisboa [Fotografia: Leonardo Negrão/Global Imagens]
Sofia Mendes, proprietária da loja de noivas Blanco, em Lisboa [Fotografia: Leonardo Negrão/Global Imagens]
A responsável fala em soluções com “rendas e aplicações” a condizer com os os vestidos, mas prefere levar os clientes a escolher outras opções. “Tenho acompanhado esta situação e o que aconselho às noivas é fazerem um plano B e ir vendo o governo está a definir no que diz respeito à pandemia. É um investimento muito grande e, para tornar um sonho realidade, estamos a aconselhar o adiamento, até porque será difícil manter o distanciamento numa celebração com tantas pessoas, muitas vezes com crianças, pessoas mais velhas e grávidas”, refere.

Sofia Mendes admite que “há tapa-máscaras que podem ser feitas com apliques e que é possível personalizar com rendas e outros detalhes”. No entanto, prefere tomar cautelas: “Como se trata de uma situação de saúde, preferimos estar mais cuidadosos”.

Mas, se assim é, porque colocou as máscaras protetoras na montra? “Começamos por fazer máscaras e equipamento de proteção que, mais recentemente, temos vindo a comercializar. Estamos a fazer os tapa-máscaras com tecidos de algodão, com logotipos de empredas, o que permite trabalhar com padrões”, afirma. E exemplifica: “Um dos que está na montra é com um padrão de azulejos e é uma encomenda para um restaurante que tem essa imagem, estamos mais a trabalhar para esse regresso à atividade”, justifica.

Aliás, a Blanco acaba por seguir uma tendência que já segue noutros territórios como os Estados Unidos da América. Desde o início de abril que, segundo o site Today, foram muitos os designers que, aproveitando os restos dos tecidos de noiva, começaram a fazer máscaras para distribuir pelos que têm estado na linha da frente no combate à pandemia.

A verdade é que, mesmo com recomendações das autoridades, as ideias vêm para ficar. E, fora de fronteiras, a aposta em máscaras de proteção para noivas é já uma realidade. E a condizer com o vestido de noiva.