Empresários do setor turístico, polícia e Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) reúnem-se com a Câmara de Lisboa esta quarta-feira, 31 de julho, para criarem um regulamento que discipline a circulação de ‘tuk-tuks’ no centro histórico da capital. Entre os pontos a definir estão a criação de locais de paragem vocacionados para estes veículos, estacionamentos e limites à circulação.
Um encontro que tem lugar uma semana depois de o Porto ter revelado que vai aplicar novas regras aos ‘tuk-tuks’ no centro histórico. “Vai haver uma zona da cidade onde, dada a pressão existente hoje, o município, no exercício das suas competências, entende que há determinado número de veículos turísticos que não devem operar”, disse o autarca portuense Rui Moreira após reunião privada do executivo municipal. O projeto irá também limitar a duas empresas licenciadas a circulação de autocarros de circuitos turísticos de dois andares (‘hop on-hop off’), bem como não renovar licenças do comboio turístico, que neste caso só caduca em março de 2026.
Relativamente aos ‘tuk-tuks’, que a autarquia estima serem mais de 100 atualmente na cidade, apesar de não ter controlo exato sobre o seu tráfego, dever-se-á verificar uma redução para mais de metade no centro histórico, já que o serviço será licenciado apenas a cinco empresas, com oito veículos cada (40 no total) necessariamente elétricos, explicou aos jornalistas o adjunto do presidente André Brochado.
Em Lisboa, estima-se que sejam atualmente mais de mil os ‘tuk-tuks’ a operarem na cidade. Há cinco anos rondavam os 700. As autarquias não podem alterar licenças atribuídas a estes veículos, cabe ao Turismo de Portugal, mas pode limitar circulação e poluição.