Bicicletas espalhada pela rua e prontas para levar, já é um clássico de algumas das cidades mais bonitas da Europa e Lisboa está prestes a juntar-se a este grupo. Miguel Gaspar, vereador da Mobilidade e Segurança da Câmara Municipal de Lisboa, anunciou dia 9 de janeiro que a rede de bicicletas partilhadas da capital deve estar concluída no “final do primeiro trimestre” deste ano.
No total, o sistema será composto por 140 estações e 1.410 bicicletas. Das 140 estações, 92 ficarão localizadas no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo entre as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade.
Segundo o responsável, já estão a ser feitas “obras em Telheiras, no Marquês e na Avenida da Liberdade” para a colocação de mais estações, pelo que o objetivo será ligar “o planalto até Belém e Algés”.
A Assembleia Municipal está a ouvir a vereação no âmbito do orçamento municipal, Grandes Opções do Plano e planos de atividades das empresas municipais, como é o caso da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMEL) e da rodoviária Carris.
Foram várias as forças políticas que pediram um balanço desta rede que foi implementada em setembro, e que contava há um mês com 43 estações distribuídas por algumas das principais artérias da cidade, bem como 409 bicicletas disponíveis nas freguesias de Alvalade, Avenidas Novas e Parque das Nações, segundo a EMEL, responsável pela rede. Em resposta, o vereador responsável pela Mobilidade afirmou que já foram vendidos “três mil passes” para a Gira.
Falando na rede ciclável da cidade, Miguel Gaspar deixou o compromisso de “chegar aos 200 quilómetros neste mandato”, sendo que atualmente a cidade conta com “80 quilómetros” de ciclovias já instaladas. O autarca salientou também que a “EMEL será cada vez menos uma empresa de estacionamento e cada vez mais uma empresa de mobilidade”, sendo que a rede Gira é um exemplo desse caminho.
O vereador anunciou também o reforço da “equipa com 60 novos colaboradores“, bem como a criação de “cinco mil novos lugares de estacionamento“. Já no que toca à Carris, Miguel Gaspar apontou um “investimento entre 35 e 40 milhões de euros em 2018 em autocarros“, que devem começar a ser entregues no “segundo semestre” do ano. A maioria dos autocarros serão movidos a gás natural, o vereador socialista salientou que os novos equipamentos “têm de chegar primeiro à Avenida da Liberdade, que é onde existem maiores problemas de poluição”. Assim, no “segundo semestre” haverá “condições para aumentar a oferta”, dado que “para crescer de forma significativa são precisos mais meios e mais recursos”.
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Delas com Lusa