
“Choque” e tristeza. São estas as palavras que a atriz Julianne Moore usa para classificar o facto do livro infantil que escreveu, Freckleface Strawberry (Morango Sardento em tradução literal), ter sido removido de uma rede de 160 escolas geridas pelo Departamento de Defesa norte-americano, sob administração do novo presidente Donald Trump. “Não posso deixar de me questionar sobre o que há de tão controverso neste livro ilustrado que o levou a ser banido pelo governo dos EUA. Estou verdadeiramente triste e nunca pensei ver isto num país onde a liberdade de expressão é um direito constitucional”, escreveu a atriz na sua conta de Instagram.
A obra está a ser sujeita a uma alegada “revisão de conformidade” para perceber se obedece a duas ordens executivas recentemente assinadas por Trump e que viam a remoção de peças com alusão a “ideologia de género” e a “doutrinação racial”.
Moore recorda que se trata de uma obra escrita para os filhos e para outras crianças e que tem com objetivo lembrar-lhes que “todos nós lutamos, mas estamos unidos pela nossa humanidade e pela nossa comunidade”. Ao detalhe, a atriz sublinha que Freckleface Strawberry conta “uma história semiautobiográfica sobre uma menina de sete anos que não gosta das suas sardas, mas acaba por aprender a viver com elas quando percebe que é diferente ‘como todos os outros”.

Esta mais de centena e meia de estabelecimentos de ensino que existem um pouco por todo o mundo está destinada a crianças descendentes de militares ou de civis que dão apoio a bases militares e que, por isso, estejam deslocados junto com as suas famílias, tal como sucedeu com Julianne Moore.