A cidade de São Francisco já vai deixar de vender peles de animais a partir de 1 de janeiro de 2019 e Los Angeles, uma das maiores dos Estados Unidos da América, deverá fazê-lo dentro de dois anos.

Uma realidade que terá lugar se a autarquia aprovar, em votação final, a interdição de comércio e proibição de venda dentro dos limites de Los Angeles. Para já, o primeiro passo foi dado com êxito na terça-feira, 18 de setembro, depois da aprovação, por unanimidade, de um primeiro diploma que abre caminho para essa possibilidade e que interdita a venda de peças de roupa, sapatos, chapéus, porta-chaves, jóias e até mesmo proteções para os ouvidos.

No mesmo diploma, é possível encontrar alguns números que justificam esta posição agora votada: “Mais de cinquenta milhões de animais, incluindo raposas, chinchilas, martas, guaxinins, cães e coelhos, são mortos todos os anos para este efeito.”

“Mais de cinquenta milhões de animais são mortos todos os anos para este efeito”, lê-se no diploma camarário

Los Angeles será mais uma cidade que – a par da pioneira West Hollywood, que o fez em 2013, e tantas outras – põe em marcha uma medida que as grandes marcas de luxo de vestuário e acessórios têm vindo a anunciar.

No início deste mês, no decurso da Semana da Moda de Londres, a Burberry tinha tomado essa mesma posição: não só anunciou que iria deixar de usar peles de animais, como garantia que iria abandonar a prática de queimar os artigos e acessórios que não eram vendidos. Já os produtos que têm estas caraterísticas e que ainda estão a ser comercializados, vão ser progressivamente retirados do mercado.

Mercado em segunda mão: a única exceção à regra

Nas restrições definidas no clausulado aprovado pela autarquia de São Francisco – e que também consta deste diploma inicial da câmara de Los Angeles – só as peles que existem no mercado de segunda mão escaparão a estas regras de interdição e punição. No entanto, têm, ainda assim, uma regra a cumprir escrupulosamente: não podem comercializar artigos feitos em pele de animais em vias de extinção.

Imagem de destaque: Shutterstock

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