Foi só em 2016, com a música Cheguei, que a cantora Ludmilla passou a ser conhecida por muitos portugueses. No entanto, já há seis anos que esta jovem de 22 anos faz furor na música funk brasileira.

Links_CienciaTornou-se famosa no Brasil em 2012, com a música Fala Mal de Mim. Tinha na altura 17 anos e o nome artístico MC Beyoncé, inspirado na cantora norte-americana, que é uma das suas maiores referências. Dois anos depois, por considerar que o facto de ter “MC” no nome a prejudicava em termos musicais no seu país, decidiu adotar o seu nome próprio: Ludmilla.

E é precisamente com o nome que traz gravado no passaporte que vai subir ao palco esta sexta-feira, dia 2 de março, no Altice Arena, em Lisboa, pela primeira vez. Ela já chegou a Portugal e promete “bagunçar a zorra toda”.

A maioria dos portugueses só começou a conhecer o seu trabalho no ano passado, com a música Cheguei, mas a Ludmilla já tem uma carreira de 6 anos na música e até começou com outro nome artístico: MC Beyoncé. Quais são as maiores diferenças entre a MC Beyoncé e a Ludmilla?

A maturidade, a forma de olhar para as coisas. No início encarava muito isto como uma brincadeira. À medida que fui assinando alguns contratos e avançando na idade as coisas começaram a mudar.

Um dos seus maiores sucessos cá em Portugal é a música Cheguei. Foi a Ludmilla que escreveu e compôs esta música?

Não, foi o Wallace Vianna [cantor e compositor brasileiro], um amigo brasileiro.

Quando a ouviu pela primeira vez já sabia que ia ser um sucesso?

Ele disse que tinha um canhão para mim e pedi-lhe para me enviar. Quando vi, disse: “Nossa, essa acertou na veia.”

Atualmente em Portugal o funk está muito na moda. Todos os fins de semana há bailes funk nas discotecas, de norte a sul do país. Por que razão este tipo de música está a conquistar os portugueses?

Quando ouço funk não consigo ficar parada. Se o pessoal aqui é animado e gosta de festa têm tudo para se apaixonarem pelo funk.

No Brasil ainda há muito preconceito em relação a este tipo de música?

No Brasil o funk está a dominar tudo, graças a Deus. O preconceito está a ficar para trás.

Praticamente todas as suas músicas passam uma mensagem positiva, incentivando as pessoas a desvalorizar os problemas e a olhar para o lado bom da vida. É assim também que vive o seu dia-a-dia?

Gosto de ser inspiração para várias mulheres, para as minhas seguidoras, porque ao vê-las a inspirarem-se em mim, mais tenho inspiração também. Assim é fácil pensar em coisas para elas e de alimentar isso. No momento de fazer música penso da mesma forma.

Considera-se feminista?

Depende do ponto de vista. Cada pessoa tem uma forma de interpretar essa palavra.

E de que forma é que a Ludmilla interpreta o feminismo?

Não consigo explicar exatamente, mas é bem diferente daquilo que algumas pessoas ditam.

É a sua primeira vez em Portugal. Já teve tempo de conhecer alguma coisa?

Nada, não consegui conhecer nada ainda.

Cá está muito mais frio do que no Brasil. Tem tido dificuldade em lidar com as baixas temperaturas?

Nem por isso. Aqui está bem melhor do que no resto dos países da Europa em que estive, não está tanto frio. Nos outros países tive de andar de garganta tapada de tanto frio que estava.

Como tem sido esta fase de internacionalização pela Europa?

Estou radiante, estou a conhecer vários lugares com que sempre sonhei. Estou muito feliz, está a ser uma experiência inesquecível.

O que conhece da música portuguesa?

Conheço o Virgul e Anselmo Ralph. Gosto da música Rainha, do Virgul. “És muito mais do que sonhei…”

Tanto o Virgul como o Anselmo vão cantar consigo no concerto no Altice Arena.

Sim, no dia 2.

O que se pode esperar deste concerto?

Vai ser uma noite incrível e mágica. Não percam. Venham porque vai ser muito bom. Estou muito entusiasmada para o espetáculo aqui em Lisboa porque já fiquei a saber que os ingressos estão quase esgotados. Vai ser maravilhoso.


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