Luís Carvalho veste Conan e está “super-contente com o resultado”

Não foi preciso um mês para que Conan Osíris e o designer Luís Carvalho acertassem os detalhes da roupa que o representante português na Eurovisão vai levar esta terça-feira à noite, 14 de maio, ao palco da Eurovisão em Telaviv, em Israel. “Foi tudo muito rápido”, diz o criador ao Delas.pt.

“Já tínhamos trabalhado juntos no Festival da Canção, em março. Por isso, bastou uma conversa para percebermos o ponto de partida e a escolha foi unânime”, refere.

Afastada que está a tese de que o verde usado por Conan e pelo bailarino para a interpretação do tema Telemóveis é uma referência à bandeira nacional, tal apenas reflete “uma coincidência”. “A escolha da cor foi unânime e a do tecido, que eles já conheciam e queriam, também. Quanto à estrutura, estava definido desde o início que iríamos trabalhar aquele efeito de pregas para potenciar o movimento da música”, justifica Carvalho.

“O Conan mandou-me algumas referências, eu construí um croqui, que foi aprovado de imediato por eles. Correspondia ao que queriam e estava dentro da minha imagem e estética. Fizemos uma prova e ficou tudo à primeira”, sorri o designer.

Apesar das críticas que têm ecoado relativamente à indumentária escolhida, Conan deixou bem claro, na sexta-feira, 10 de maio, que não há – nem quer vai haver, nem quer – plano B. “Em Portugal odiaram a roupa, mas sinto que tenho de usar essa roupa porque fez parte de uma evolução e fez parte do nosso processo, daquilo que concebi para a versão internacional desta atuação e desta música. Vocês merecem ver algo diferente do que já viram na atuação do Festival da Canção e por isso não vou voltar atrás”, explicou o intérprete português, em declarações proferidas em Israel.

Luís Carvalho, por seu turno, também desvaloriza os comentários negativos. “Vamos lendo coisas que vão saindo, já estava à espera que acontecesse. Estou super-contente com o resultado e acho que o Conan nos vai levar a uma boa posição. Estou confiante e satisfeito”, reafirma.

Sobre o impacto que espera gerar, o designer nacional olha para a Eurovisão como uma montra do seu trabalho. “Acho que vai ter imenso impacto. Numa situação destas temos de estar preparados para tudo. As pessoas gostam muito de falar, criticar e sem perceber o processo criativo e o conceito por trás. Sabemos que o Conan é uma personagem controversa: há os que adoram e os que não gostam dele”. Contudo, para o criador, o importante é “estar associado a ele [ao cantor]”. “Gosto daquilo que ele transmite e representa, é uma lufada de ar fresco para os artistas. Para mim, vai ser super-positivo, independentemente dos haters que possam surgir”, conclui.

Imagem de destaque: DR/Luís Carvalho

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