Pais passam cerca de quatro mil horas ‘atordoados’ enquanto criam os filhos

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Criar um filho tem os seus efeitos. E para lá da privação de sono que muitos sofrem, há uma outra consequência que os estudos apontam e que indicam perdas na ordem das quatro mil horas. Ou seja, em média, um pai ou uma mãe perdem aquele volume de tempo numa sensação de névoa de cansaço enquanto acompanham o crescimento de um filho até à maioridade, os 18 anos.

Quem o refere é um estudo norte-americano que auscultou dois mil progenitores com mais de 30 anos e que indica que, em média, são cerca de 219 as horas em que os pais se sentem com falta de concentração e incapacidade para conclusão de tarefas.

O inquirido médio fica tão distraído que perde o foco em até três tarefas por dia, representando cerca de 36 minutos por dia. A razão mais elencada para justificar esta sensação de se estar ‘atordoado’ está a falta de descanso, fator justificado seis em cada dez indivíduos auscultados para o estudo. As horas de maior concentração, refere a maioria da amostra, está entre as 11.00 e as 14.00 horas do dia.

Muitos dos entrevistados, dois em cada cinco, diz que reconhece o dia da semana apenas pelas atividades letivas e não letivas que os filhos devem cumprir.

Segundas-feiras de ódio, quartas do esquecimento

Dos 43% dos entrevistados que trabalham em casa ou no escritório, mais de um em cada três (35%) fica com o “blues de segunda-feira”, demonizando o arranque da semana. Perto de metade, 46%, refere que a segunda-feira é demasiado longa.

Ainda de acordo com o mesmo estudo feito pela empresa de estudos de mercado OnePoll, os níveis mais baixos de energia chegam à quarta-feira, com um em cada cinco entrevistados a reportar dificuldades em lembrar-se de detalhes do início da semana, que começou apenas dois dias antes.

Recorrer a cafeína ou bebidas energéticas ameaça não ser a solução, afinal, aponta o mesmo estudo, seis em cada 10 (58%) sentem que, por vezes, nunca se sentirão totalmente energizados para recuperar o tempo perdido.