Estudo comprova: há benefícios para as crianças quando as mães trabalham fora

São dois os estudos recentes que demonstram que as mulheres que trabalham são boas mães e que, dependendo dos fatores avaliados, chegam a ter resultados mais positivos do que aquelas que não têm uma carreira fora de casa.

É de abril a publicação do estudo da médica e investigadora da Universidade do País Basco, em Espanha, que conclui que a amamentação exclusiva é melhor sucedida entre as mulheres que trabalham do que entre as que não trabalham fora de casa. O resultado causou estranheza até a Gloria Gutiérrez de Terán, a médica que coordenou o estudo, uma vez que o regresso ao trabalho é também apontado pelas 401 mulheres que compuseram a amostra como a segunda causa para deixarem de amamentar.

No entanto, no grupo inquirido, as mulheres que foram trabalhar após o período de licença de maternidade (que em Espanha é de 4 meses) tiveram os bebés em aleitamento exclusivo até aos 4 meses de idade do bebé ao contrário das que permaneceram mais tempo em casa para cuidar dos filhos, que utilizaram leite em fórmula desde mais cedo. Será que as mulheres que sabem que se vão ausentar dedicam o tempo que passam com os filhos a serem melhores mães?


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É o conceito de tempo de qualidade que regressa à baila e para o qual Kathleen L.McGinn contribuiu também. Em 2015 a investigadora da Harvard Business School publicou um estudo que reuniu respostas de mais de 500 mil pessoas em 24 países do mundo. O intuito do questionário distribuído era descobrir se havia benefícios para os filhos quando as mães tinham uma atividade profissional. As conclusão é que há várias: desde logo, as mulheres que trabalham fora de casa têm filhas com maior probabilidade para trabalhar fora de casa e estas ganham mais do que as que não viram as mães serem profissionais. Por outro lado, os homens criados por mães com profissões pagas têm mais tendência para partilhar tarefas em casa quando formam a sua própria família.

Surpreendida? Veja a nossa galeria e descubra mais benefícios que as crianças colhem quando as mães trabalham, segundo o estudo da Harvard Business School. Mais importante do que entrar em guerra com as mães que não trabalham estes estudos são importantes para desfazer alguns preconceitos que ainda vigoram na sociedade.