
Mães que revelam consumir redes sociais, face às que não as consome, têm quatro vezes mais probabilidade de se sentirem más mães, numa proporção de 46% para 11%.
Este é um dos resultados que chega com um estudo que analisou o impacto das redes sociais na maternidade e que ouviu duas mil mães norte-americanas. Destas, 65% reportava consumir conteúdos online em plataformas de social media, enquanto 26% não.
Mais de três quartos concordam que as redes sociais pressionam as mães para que pareçam ou ajam de determinada maneira (77%) e uma percentagem semelhante diz que a sociedade tem demasiadas expectativas sobre o que uma mãe deveria ser (79%).
No capítulo das ‘mominfluencers’ (as mães que partilham conteúdos sobre elas e os filhos), o estudo levado a cabo pela marca de produtos menstruais Intimina, revela que mais de oito em cada dez inquiridas consome estes conteúdos e destas, 65% dizem sentir-se mais inseguras depois de assistirem a estas partilhas.
Ao detalhes, as conclusões apontam para o facto de ver outras mães a agir nas TVS ou nas redes sociais leva as que assistem a acharem que estão em falta e a tenderem a acrescentar mais elementos às rotinas diárias, com destaque para a prática de exercício físico (46%), cozinhar (44%) e acordar cedo (43%), cuidar de mais tarefas domésticas (42%). No entanto, uma em cada sete não acha que as “mães influenciadoras” retratem a maternidade de forma realista.
Destaque ainda para o facto de o consumo de redes sociais por parte das mães as está a empurrar para uma maior inflexibilidade para consigo próprias. Segundo o inquérito, uma mãe sente que é ‘má mãe, em média, 156 vezes por ano e um terço sente-se como tal pelo menos algumas vezes.