Mafalda Jardim de Freitas, mulher de ilhas e de mar

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É a primeira presidente feminina do Clube Naval do Funchal, função que acumula com a direção da Estação de Biologia Marinha do Funchal. Começou a fazer provas de natação de mais de 10 km já depois dos 40 anos e de ser mãe e confessa que para fazer tudo o que tem em mãos gere o tempo ao minuto. Mas dispensou-nos bastantes para que conhecêssemos melhor a mulher por trás da bióloga

Por Rita Machado | Instagram: @ritamachado33

Sinto que já conheço Mafalda Jardim, assim se referem a ela várias vezes em conversa, sem o Freitas, muito antes de realmente me encontrar com ela. Estou na Madeira para uma semana de férias saudáveis, nas quais vou nadar nas águas do Atlântico, fazer CrossFit numa box do Funchal e terminar com um Training Camp com atletas da modalidade em Porto Moniz. Ao longo da semana, num jantar, numa conversa, numa história, o nome de Mafalda surge associado ao conceito de mulher determinada, que gosta de exercício, uma força à frente do futuro ligado aos desportos do mar. Nadou com tubarões. Começou a fazer provas de natação em águas abertas depois dos 40 e de ser mãe. Tem uma função de destaque num mundo de homens, o da vela e dos clubes navais. Neste momento não nos conseguimos encontrar porque está numa expedição às Desertas a bordo do iate Yersin do príncipe do Mónaco. A curiosidade de conhecer esta ‘Cousteau’ aumenta, assim como a de dá-la a conhecer fora da Madeira, às leitores e leitores do Delas. Encontramo-nos no meu último dia de estadia na ilha para onde vêm os reformados estrangeiros há anos, mas para onde começa a fluir um novo tipo de turismo, o do saudável e do exercício, muito para além do do Wellness e do bem-estar. Falamos durante mais de uma hora, em entrevista formal, de seguida almoçamos, e conheço ambos os filhos, que casualmente passam por nós a caminho do mar, este sempre tão presente em toda a ilha e na vida desta mulher-mãe-atleta-bióloga-dirigente. Depois do café, saio a pensar: a Madeira é uma ilha pequena, mas a Mafalda é grande.

É a primeira mulher Presidente do Clube Naval do Funchal (CNF), desde Julho de 2010, mais exatamente a 12º pessoa a assumir o cargo nestes 65 anos de existência do clube. Como sente neste papel?

É um meio de homens. Eu já fazia parte da direção desde ’97, sempre estive em direções maioritariamente masculinas, embora tenha a sorte de ter tido uma educação de igualdade (os meus pais viveram fora, talvez por isso). No início foi talvez um pouco mais difícil as pessoas ‘verem-me’ como ‘a presidente’ mas passados estes anos até parece que não existiram dificuldades. Acabou por ser um processo dinâmico, no qual os sócios também começaram a participar mais, um dos meus objetivos foi ‘abrir’ o clube para ao exterior e para a sociedade – quando entrei era muito fechado. Mas dou-lhe um exemplo: no ano em que entrei convidaram-me para uma reunião de presidentes de Clubes Náuticos de Espanha, nas Canárias, e além de ser a única mulher era a única pessoa com menos de 50 anos (e eu na altura nem 40 tinha). Nestas posições as pessoas são geralmente mais séniores.

Assumir este cargo foi um desafio, fui muito incentivada por dois antigos presidentes e pelos meus colegas de direção. Não foi uma escolha fácil para mim aceitá-lo porque sempre gostei mais do mar, sempre estive ligada ao mar e às atividades subaquáticas… E saltar daí para presidente, com toda a parte burocrática e financeira que acarreta, causava-me um pouco de receio. Este clube naval é muito grande, tem cinco dependências físicas, 100 pessoas aqui a trabalhar e a responsabilidade dos salários e das obrigações é grande. No ano em que entrámos na gestão, as contas não eram as mais animadoras, mas o crescimento tem sido grande, temos apresentado contas positivas. Acrescentamos património – ganhámos em tribunal o domínio marítimo do local onde estamos que é agora uma área privada, de 3600 m2 passou a 10.000, mais do dobro – e também adquirimos o terreno do Complexo Desportivo da Nazaré (que tem o Acquagym, as piscinas do Funchal que celebram este ano 20 de existência e a Naval Box), que é muito grande – quando entramos era também deficitário mas fruto de uma gestão e forte aposta comercial conseguimos que dê já bastante lucro e tenha 2500 utentes por mês. Temos crescido bastante, aliás temos crescido em todas as áreas ligadas ao Fitness; fizemos uma grande aposta nos PTs e temos muitos reformados sócios do Naval que agora vão às atividades do Complexo. O único polo que é exclusivo para sócios é a sede social, Complexo Balnear da Quinta Calaça, os outros são todos abertos ao público.

Que diferenças há na direção no feminino?

Principalmente acredito que nós mulheres conseguimos fazer várias coisas ao mesmo tempo. Quando assumi estas funções, imprimi uma dinâmica forte, e fui acompanhada por uma equipa de pessoas – não só da direção, mas também dos diretores executivos que trabalham o dia inteiro –, que a conseguiram agarrar e manter. Não é fácil, estamos sempre com novos desafios e novos eventos e é um corre-corre no dia-a-dia mas acho que a grande diferença é essa, somos muito mais práticas e conseguimos fazer várias coisas ao mesmo tempo, o que imprime uma dinâmica muito maior a qualquer instituição.

Mafalda Jardim de Freitas (Fotografia: DR/ Facebook Oficial)

 

É licenciada em Biologia, com a direção da Estação de Biologia Marinha do Funchal acumula a presidência do Clube Naval, continua a fazer investigação… Conte-nos um pouco o seu percurso profissional até chegar onde está hoje.

Sempre vivi ligada ao mar. Com dois meses já ia passar férias para o Porto Santo e sempre passei temporadas com os meus avós maternos, onde aprendi a nadar, pescar, apanhar lapas… Tive todo um crescimento ligado ao mar. Desde os 5 anos que sabia que queria ser bióloga marinha, os desportos que pratiquei sempre foram ligados ao mar: aos 15 dava aulas de canoagem, com 18, de windsurf, fui vice campeã nacional de windsurf e também fui nadadora de competição de natação – embora nunca tenha sido uma grande nadadora, tive o meu papel. Também sempre tive a ideia de tirar o curso na Universidade do Algarve, foi a minha primeira escolha, e lá entrei. No Algarve tirei o curso de mergulho em ’91 – já faço mergulho há mais de 25 anos, já mergulhei por todo o mundo e em todos os oceanos. E durante a universidade, o meu treinador mandou-me uma prancha de windsurf para o Continente e fui fazendo alguma competição, joguei polo aquático, mas sempre tive uma ligação forte com a Madeira e todas as férias passava-as na ilha do Porto Santo. No final da universidade – por opção e como também sempre tive uma ligação forte a Itália porque lá tenho família –, fui fazer o meu estágio profissional para a Sicília, estive lá quase um ano, foi ótimo. Já na universidade ‘vivia’ na Ilha de Faro e portanto só tinha de escolher se ia fazer windsurf para ria, ou andar de kayak quando não havia vento, ou se ia para o mar. Passei uns anos fantásticos. Na Sicília, tive um convite para fazer o doutoramento lá, mas como tive de voltar ao Algarve para terminar o curso e entretanto tive um convite do Museu de História Natural do Funchal para um projeto Europeu, foi a escolha certa. Acabei o curso em ’96, vim para a Madeira para esse projeto, e como tinha colegas do Clube Naval e convidaram-me para integrar a direção do clube, entrei aqui em ’97 – faz 20 anos que estou aqui como dirigente. Entrei no quadro da Câmara em ‘99 e nesse mesmo ano abriu a Estação de Biologia Marinha e integrei-a. Entretanto continuei sempre a fazer windsurf e mesmo como presidente fazia questão de ir as regatas com o João Rodrigues que é o nosso olímpico com mais participações, mas também com os jovens do Clube Naval. Em 2010 surgiu este desafio para passar para a presidência e desde essa altura deixei um pouco o windsurf e desde 2014 comecei com a natação de águas abertas, mais tarde com um grupo de corrida (comecei pela São Silvestre da Madeira e depois meias maratonas), e agora com a bicicleta ….

É casada, tem dois filhos adolescentes (rapaz 16, rapariga, 14), faz ainda provas de competição… Como conjuga a vida pessoal com as suas obrigações profissionais?

É uma gestão de tempo muito ao minuto. Hoje já treinei, logo às 8 da manhã, já tive três reuniões em dois sítios diferentes, sem contar com esta, já fui levar uma massagem que estou cheia de nódulos nas costas, e fora o que tenho à tarde, no fim da qual ainda vou nadar – um treino longo. As minhas reuniões são muito bem preparadas, para não perder tempo. A ordem de trabalhos é bem elaborada e numa hora de trabalho consegue-se decidir muita coisa. Tenho sorte que tenho uma equipa escolhida por mim e trabalho com pessoas muito dinâmicas. Senão era impossível, o Clube é muito grande, são 12 modalidades desportivas fora tudo o que fazemos do desporto adaptado, no qual temos atividades regulares na natação, vela e canoagem. Aliás, sou diving master de mergulho para deficientes. Cada vez que fazemos uma atividade, todos participamos. O Clube proporciona mergulho adaptado na piscina e no mar, com percurso subaquático junto à costa. Cada vez recebemos mais estrangeiros para fazer estes desportos adaptados. Uma vez por ano, fazemos uma atividade de surf e de mergulho adaptado, que obrigam a logísticas mais complicadas. Temos uma equipa oficial de vela adaptada que vai às competições nacionais que vem de famílias carenciadas e que, graças ao apoio de patrocinadores, têm assim oportunidade de viajar e conhecer. Apresentamos agora a candidatura para fazer o campeonato de vela adaptada aqui na Madeira.

Numa prova de natação nadou sabendo que havia um tubarão na água…

Foi engraçado. Eu tinha começado a nadar no mar, mas pouco, e temos um atleta de natação adaptada que é o Emanuel Gonçalves que queria fazer a travessia às [Ilhas] Desertas. Tinha duas amigas com quem treinava que decidiram fazer esta prova e eu não ia fazer porque elas eram mais novas, tinham mais experiência, a distância era grande e não tinha treino suficiente. E o Emanuel queria fazer mas não tinha dupla – porque a prova podia ser feita sozinho ou em estafeta de dupla. E ele contatou-me para fazermos juntos. Eu disse: vou mas não se chateia comigo se não chegar ao fim. Cada um de nós tinha de fazer 14 kms. Era uma distância considerável. Na altura da conversa, eu tinha nadado 2,5 kms e ainda fiz um treino de 5 e outro de 12. Quando apareceu o tubarão, eu não estava dentro de água, mas sei, por experiência porque trabalhei já com muitos tubarões, que eles fogem com o barulho do motor… Quando ele apareceu estavam muitos kayaks mas não barcos a motor e eu realmente quando nado gosto de ir com barquinho a motor atrás [risos]. Convém referir que isto é mar aberto, Atlântico, e que a cor não é para todos – é escura. Muito escura e fria, ao longo da costa é bonito, fácil de sair se nos dá uma cãimbra, mas no meio de uma travessia não temos referencias, e é sair mesmo da zona de conforto. Mas lá fui, já não se avistava o tubarão, correu bem e desde aí já tenho feito muitas travessias: fui aos Açores, no ano passado às Canárias, onde que talvez volte este ano.

As mulheres no desporto ainda têm menos apoios que os homens?

Estamos a inverter esta realidade, mas lentamente. Fui homenageada o ano passado pelo Comité Olímpico Português e quando fui a Lisboa à cerimónia onde estavam presentes antigas dirigentes até à atualidade, falámos destas dificuldades, e muitas das que existiam no passado são ainda as de hoje. Há cada vez mais mulheres a praticar desportos, e isso trás apoios, mas sim, há um longo percurso ainda a percorrer, porque em qualquer desporto há tendencialmente mais apoios para os homens do que para as mulheres. Eu não tinha ideia que até recentemente, nos anos 80, as mulheres ‘não podiam’ correr na rua, a Rosa Mota contou nessa cerimónia que as pessoas a mandavam para casa quando a viam na rua a correr. Sempre pratiquei desportos como windsurf em que era a única rapariga, e até tinha vantagens porque me estavam sempre a montar o equipamento e a ajudar, mas acho que tive muita sorte de crescer num meio em que não se fazia essa distinção.

(referência da cerimónia: http://comiteolimpicoportugal.pt/cop-homenageou-dirigentes-desportivas-femininas/)

Que conselhos daria às jovens atletas que querem vencer no desporto em Portugal?

O essencial é a determinação. Querer é poder. Há tantas frases que se dizem sobre o tema mas realmente se se treinar, chega-se lá. Principalmente a partir de certa idade, a grande diferença está na cabeça de cada um, porque a parte física podemos todos treinar… o que faz diferença é a determinação. No Clube Naval temos uma atleta da natação que teve agora dois diplomas na [categoria] master mas que continua a fazer parte da equipa de natação e a ir a campeonatos com miúdas da idade da filha dela. Há vários exemplos, a Helena Rodrigues que já foi mãe e foi olímpica em 2008 e 2012. A atleta tem de querer e, claro, tem de ter um bom apoio familiar. Sempre tive sorte, os meus pais sempre me ajudaram a gerir os miúdos e o meu marido também, porque isto envolve muito tempo. Hoje, os meus filhos já são autónomos mas houve alturas em que era muito complicado e os meus pais sempre ajudaram em tudo e aqui temos a vantagem de ser tudo muito perto. Na Madeira temos tradição de gestão de boleias com os vizinhos para transportes de crianças, o que ajuda muito.

Que atletas da Madeira convidava as leitoras a seguir?

Natação: Emanuel Gonçalves da natação adaptada; Susana Gomes, já mãe e que esteve no campeonato do mundo. Diogo Sequeira que vai estudar para Manchester mas vai continuar no clube. Na canoagem, o David Fernandes e a Helena Rodrigues. No surf, o Tomás Lacerda… No judo, o João Castro. Os atletas daqui têm de treinar muito e fazer cedências. A Madeira é um meio pequeno e se queremos ser parte dos melhores temos de treinar com os melhores e temos de fazer um sacrifício e ir para o Continente para os centros de alto rendimento. Aqui no Clube Naval, atribuímos duas bolsas de estudo (por modalidade) para pessoas quem não tendo possibilidade económicas, têm um vasto potencial para a modalidade – mas exigimos que sejam bons alunos. São para quem consegue conciliar os estudos com o desporto e permite-lhes fazer a atividade gratuitamente.

Ao longo da sua carreira ligada ao Oceano com certeza observou um aumento da poluição nos mares e consequente efeitos para a biodiversidade. Que podemos fazer para minimizar?

Há uns anos ouvia os miúdos dizer que os pais pescavam com bomba, nos barcos deitava-se tudo borda fora, mesmo na praia atiravam as coisas para o chão, mas sinto que tem sido feito um trabalho de sensibilização juntos dos mais novos que está a dar os seus frutos. São as próprias crianças que chamam a atenção, mesmo às vezes na perturbação dos animais marinhos, quando estão perto dos golfinhos com o catamarã dizem para nos afastarmos, tiram o lixo do mar proativamente… Claro que há ainda algum descuido que tem de ser parado. Encontramos sempre plásticos… Na minha opinião, uma Ilha como a Madeira tem de taxar o plástico de forma a reduzir o seu uso. Quando era pequena usávamos garrafas de vidro… Deveríamos voltar a usar e reutilizar as garrafas de vidro e taxar o plástico.

Como vê campanhas de marcas de moda como a G-Star (jeans) e Teeki (roupa de yoga), para citar apenas dois exemplos, que fazem roupa utilizando tecidos feitos de garrafas recicladas dos oceanos?

Acho fantástico, cada vez mais é importante haver a reutilização destes produtos que causam dano ao Oceano e principalmente isso que estava a dizer e que é muito importante: recolher todo o plástico do Oceano. Quanto a mim é o elemento mais poluidor, para além do visual, é perigoso para todos os animais (encontram-se frequentemente microplásticos no estômago, as tartarugas confundem os sacos plástico com alimento, etc.). Todas estas ações que consigam reaproveitar o plástico dos Oceanos e produzir outros reutilizável são de apostar e deviam ser acarinhados pelas autoridades e pelos consumidores.

Que perspectiva para este final de ano e o próximo em termos de novidades do Clube Naval? Que eventos destacaria?

Em Março temos a segunda edição de uma prova internacional de Stand Up Paddle, temos crescido muito nesta modalidade desde que temos conosco o coordenador Ricardo Rodrigues que faz provas internacionais. Em abril teremos os Cross Games, da Naval Box, evento internacional de treino militar. Em Maio temos o aniversário do Clube, que celebramos com um open day para todas as pessoas, que podem fazer rodas as atividades disponíveis, mergulho, vela, etc. No verão, duas regatas internacionais: começa em junho mas passa aqui na Madeira em agosto, uma regata entre Itália Livorno e a Madeira que vai trazer muitos amantes da vela. Em setembro, a Canaria-Madeira, que é o intercâmbio mais antigo entre os dois arquipélagos, desde 1978. Em outubro, o ex libris da canoagem de mar: Madeira Ocean Race, e depois, a 27 do mesmo mês, o Congresso Internacional de Desporto e o Mar para debater os assuntos ligados a investigação e ao mar, que organizamos em parceria com a Universidade da Madeira. No fim de semana de 1 de novembro, a Madeira Swim Marathon, uma prova com duas componentes, uma da distância olímpica de natação dos 10 kms em que estarão presentes seleções de todo o país. E outra que tem duas travessias, uma de 12 kms e outra de 4 ao longo da Costa Sul da Madeira. Estamos ainda a preparar o 20º aniversário do Complexo Desportivo da Nazaré, e ainda vamos ter mais algumas novidades que serão divulgadas que podem ir descobrindo em www.clubenavaldofunchal.com.

Madeira by Mafalda

Dar um mergulho: No Clube Naval do Funchal. Praia do Garajau.

Apanhar sol: No Porto Santo.

Restaurante: Molhe. Adoro a vista panorâmica o final do dia e o gosto do restaurante. Para almoçar a Fajã dos Padres (http://www.fajadospadres.com/faja/index.php/en/) e o Portinho Jardim do Mar. Gosto sempre de sítios com pouca gente.

Vista preferida: Para mim a vista do mar.

Um percurso de barco: Entre o Funchal e a Fajã dos Padres.

Uma levada: Gosto muito fazer e de duas especificamente: a das 25 Fontes e a do Caldeirão Verde.

O que fazer em 48 horas na Madeira:

Passeios mais bonitos, nunca perco o Mercado das Flores, ver a zona velha, apanhar o teleférico e subir para o monte e descer de carro de cestos. Imperdível. Para mim bonito é a Costa Norte e há que passar pela encumeada e apreciar a Laurissilva. Gosto muito das Praias do Seixal – de areia – e do Porto Moniz – com piscinas naturais. A Madeira é toda bonita, tem o Poiso e o Pico Ruivo, sempre bonitos e de visitar mas nem sempre consigo lá ir, os anteriores consigo lá ir. Há ainda a Calheta, a nível Cultural a Casa das Muda. Para quem quiser fazer a levada das 25 fontes pode depois descer a Casa das Mudas e tomar um banho na Calheta é uma sugestão.

BI

* Nasceu no Funchal em 1971.

* Licenciada em Biologia Marinha e Pescas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Algarve.

* Mestrado em gestão de Empresas pela Universidade Autónoma e sou Doutoranda pela Universidade da Madeira na área de Biologia Marinha – o meu plano de doutoramento foi aprovado este ano.

* Casada, dois filhos.