A preocupação com o meio ambiente é cada vez maior e várias marcas começam a mudar a sua forma de estar no mercado e a sua produção com o propósito de reduzirem as emissões de gases de efeito estufa.
Exemplo disso é a marca de roupa espanhola Mango que anunciou que a Science Based Targets Initiative (SBTi) “validou a estratégia de redução de emissões do grupo de moda por estar em sintonia com o Acordo de Paris”.
Comparando com o ano de 2019, a empresa prevê reduzir as emissões totais de alcance 1 e 2 em 80% e as suas emissões de alcance 3 em 35% até 2030 e chegar a zero emissões líquidas até 2050.
“Para combater as alterações climáticas, a Mango apostará sobretudo na priorização do uso de matérias-primas sustentáveis ou com baixo impacto ambiental nos seus produtos, além de apostar na compra de energias renováveis e na implementação de ações de eficiência energética em toda a sua cadeia de valor”, pode-se ler em comunicado.
De forma atingir o seu objetivo a estratégia da empresa conta com um plano de ação transversal em que as linhas de trabalho, para reduzirem as emissões de alcance 1 e 2, centrar-se-ão principalmente em três áreas: a eficiência energética, a compra de energia renovável e eletrificação da frota própria de veículos.
Para a redução de emissões de alcance três, a Mango pretende apostar cada vez mais na produção de peças Committed, ou seja, priorizar materiais sustentáveis ou de baixo impacto ambiental como o algodão reciclado, o algodão orgânico, o poliéster reciclado ou as fibras celulósicas com rastreabilidade de origem.
“É uma excelente notícia para a Mango que uma entidade reconhecida internacionalmente como a SBTi aprove e confie nos objetivos de redução de emissões da nossa empresa”, explica Toni Ruiz, CEO da Mango, que acrescenta que “agora cabe-nos dispor de todos os recursos necessários para alcançarmos os nossos objetivos anuais de curto e longo prazo e, assim, minimizar o nosso impacto no meio ambiente”.
De notar que a SBTi é uma iniciativa conjunta do Carbon Disclosure Project (CDP), do Pacto Mundial das Nações Unidas, do World Resources Institute (WRI), bem como do World Wildlife Fund (WWF), que estabelece e promove as boas práticas na definição de objetivos para a redução de emissões, disponibiliza recursos e guias para a redução de barreiras na adoção das mesmas e avalia e aprovo de forma independente os objetivos das empresas.
De recordar também que, em 2021, o grupo têxtil aumentou o consumo total de energia renovável de origem garantida em 19.5% até chegar a 59% do total da energia consumida.
Em 2019 a empresa aderiu ainda ao Fashion Pact, o primeiro movimento global da indústria da moda que une forças e trabalho conjunto no combate às alterações climáticas. Já em 2020, a Mango assinou ainda a Fashion Industry Charter das Nações Unidas e a Carta da Indústria da Moda para a Ação Climática.
