Quase um mês depois de ter cumprido a maratona em Paris 2024, a atleta ugandesa Rebecca Cheptegei terá sido incendiada por – segundo a família – um “amigo”, Dickson Ndiema, num ataque com gasolina e que lhe terá deixado queimaduras em 75% do corpo, estando em estado crítico.
O crime terá ocorrido na casa da maratonista, de 33 anos, no Condado de Trans Nzoia, no oeste do Quênia, no domingo, 1 de setembro, como avançou a polícia a órgãos internacionais como a agência noticiosa Associated Press, a estação pública britânica BBC News e ao canal cabo desportivo norte-americano ESPN.
Depois de uma discussão entre o casal e que terá ocorrido fora de casa, a polícia revela que, durante o embate, “o namorado foi visto a deitar um líquido sobre a mulher antes de a queimar”, refere a polícia à BBC. Tanto Rebecca Cheptegei como o, segundo a imprensa, o alegado namorado que a terá agredido, Ndiemma, foram ambos transportados para o hospital para tratamento especializado.
O comandante da polícia local Jeremiah ole Kosiom afirmou ao órgão de comunicação social queniano The Standard, que foi encontrado no local uma “embalagem de cinco litros de gasolina” e “um telemóvel queimado que se acredita ser de Rebecca”.
À saída do hospital, o pai da maratonista, Joseph Cheptegei, revelou que Rebecca, mãe de dois filhos de nove e 11 anos e cujo pai vive no Uganda, e Ndiemma “eram apenas amigos”. “Pelo que me pergunto por que queria ele tirar as coisas que pertencem à minha filha”, declarou, citado pelo jornal queniano The Star.
“Desejo declarar que minha filha ferida é casada e o marido está em Uganda. O seu agressor era um amigo que eles conheceram no Quénia e minha filha confiava nele. Eles desentenderam-se recentemente, mas o suspeito entrou furtivamente na zona residencial na tarde de domingo, 1 de setembro, munido com cinco litros de gasolina e escondeu-se num galinheiro” antes da agressão, revelou o pai de Rebecca Cheptegei.