Marco Paulo estreia-se no salão Preto e Prata do Casino Estoril

marco paulo

O cantor Marco Paulo, com mais de 50 anos de carreira, estreia-se, em fevereiro, no dia de S.Valentim, no salão Preto e Prata do Casino Estoril, acompanhado pela sua banda, dirigida pelo maestro Valter Rolo.

Marco Paulo vai atuar no dia 14 de fevereiro no salão Preto e Prata, um concerto que para si foi “uma surpresa”, mas que lhe traz memórias dos primeiros tempos de carreira, “quando ainda não era Marco Paulo, nem nada conhecido”, e atuou “alguns dias, num dos espaços do então Casino Estoril”.
Em declarações à agência Lusa, Marco Paulo, que completa 73 anos no próximo dia 21 de janeiro, afirmou que está a preparar um alinhamento de cerca de 17 canções, em que domina o tom romântico. “Não tenho de alterar muito o alinhamento habitual, pois a maior parte do meu repertório é constituída por canções de amor”, disse o cantor, que acrescentou: “Habitualmente celebro o dia de S. Valentim [14 de fevereiro] em Toronto [no Canadá], e este ano calhou-me esta surpresa, ir cantar ao Casino Estoril, a uma sala onde nunca estive”.

“Todos os dias estou a ser surpreendido, o que é muito agradável, para quem já tem 51 anos de carreira”, disse.
“Ninguém, Ninguém”, “Anita”, “Eu Tenho Dois Amores”, “Maravilhoso Coração” são algumas das canções que fazem parte do alinhamento do dia 14 de fevereiro, assim como temas mais recentes, designadamente “Assim Foi” e “Não te Esqueças”.

“Vou cantar canções, cerca de dezanove, todas que o público conhece, não sabendo ao certo quanto tempo vou estar em palco, pois quando subo ao palco esqueço o tempo e, habitualmente, prolongo as minhas atuações, como aconteceu recentemente no Altice Arena, em Lisboa”, onde atuou em dezembro último, para 12.000 pessoas, segundo dados da produção do espetáculo.

O cantor, que já foi surpreendido por problemas de saúde, afirma que “vive cada dia”. Mas, para este ano, tem já duas datas agendadas para o Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, atuações em Toronto, e conta iniciar a digressão de verão no Coliseu do Porto, mantendo ainda “expectativas para [atuar] Lisboa”. Também para este ano, Marco Paulo está a preparar, com o maestro Valter Rolo, o próximo disco, “completamente constituído por temas inéditos”, disse, reconhecendo que durante a carreira cantou “muitas versões”.

Marco Paulo começou a cantar na década de 1960. O seu disco de estreia, “Não Sei”, uma versão de António José de uma canção do cantor francês Alain Barrière, saiu em 1966. “Foi aquele momento, aquela hora, que despontou tudo”, afirmou. Seguiram-se as primeiras gravações, as participações no Festival da Figueira da Foz, em 1966, com a canção “Vida, Alma e Coração”, e no da RTP da Canção, em 1967, com “Sou tão Feliz”, em que ficou em 6.º lugar, e ao qual voltou em 1982, com “É o Fim do Mundo”, que se classificou em 11.º lugar. Participou noutros festivais, como as Olimpíadas de Atenas, em 1970, com o tema “O Homem e o Mar”, ano em que realizou uma digressão pelo Canadá, e o da OTI, em Miami, nos Estados Unidos, em 1989, com a canção “Rosa Morena”.

Além de ter percorrido o país, cantou nos antigos territórios sob administração portuguesa, foi atração de circos, em que cantava “Jesus Cristo”, de Roberto Carlos, a fechar a atuação, e atuou para as comunidades portuguesas em França, Alemanha, Estados Unidos, Venezuela, África do Sul. Marco Paulo é o nome artístico de João Simão da Silva, nascido no dia 21 de janeiro de 1945, em Mourão, no Alto Alentejo. Atualmente, conta mais de 140 galardões de platina, ouro e prata, e um de diamante, por vendas de mais de um milhão de discos.

Programas mesmo confortáveis para fazer sozinha