Podemos vê-la diariamente na novela da SIC, ‘Paixão’, mas quando Margarida Vila-Nova regressou ao panorama nacional da representação – protagonizando também outra novela, ‘Mar Salgado‘ – fê-lo em todas as vertentes que nem sempre conseguiu somar como desejava: cinema, televisão e teatro. Depois do aclamado ‘Cartas da Guerra’ (2016), está prestes a ver sair para as telas dos festivais, ‘Hotel Império’, o seu mais recente filme, que, tal como o anterior, fez sob a realização do marido, Ivo Ferreira.

Os projetos profissionais a dois começam muitas vezes em casa, alguns aconteceram ainda em Macau, para onde o casal foi viver em 2012, e onde Margarida Vila-Nova, de 34 anos, fez uma pausa na representação para se dedicar a uma mercearia de produtos portugueses e a reinventar-se como pessoa e, inevitavelmente, como atriz. “Viver outra cultura, ter aprendido, ter estudado novos hábitos, novas formas de falar, de pensar, atravessar o mundo, viajar, ver os filhos crescer, gerir uma mercearia, o stock, uma folha de Excel, o dinheiro de caixa, só nos pode enriquecer”, diz em entrevista ao Delas.pt, pouco tempo depois de se ter tornado membro da Academia Portuguesa de Cinema.

Nesta organização que reúne os diferentes profissionais do setor, promete discutir as questões da desigualdade salarial e lutar por melhores condições para a sétima arte portuguesa. Em casa, a luta é em prol do tempo dedicado à família e aos dois filhos. Os fins de semana são sagrados e o trabalho fica à porta. “A família é um balão de oxigénio” para tudo o resto.

É um dos membros mais recentes da Academia Portuguesa de Cinema. O que é que isso significa para si?

Julgo que não só é importante fazer parte da Academia, como é fundamental esta união e esta participação ativa junto da Academia. Uma academia para ter força e para poder desempenhar o seu papel na plenitude precisa do voto e da confiança de todos os membros. Somos um país pequeno e precisamente pela nossa dimensão pode ser importante o papel da Academia, a nível internacional, e em todas as ações que promove, no âmbito do cinema. E para eu poder ter uma voz ativa, para falar sobre o desempenho da Academia, eu tenho de fazer parte dela. Acho que o coletivo tem sempre mais força do que um produtor, um realizador, um ator sozinhos a desbravar caminho no cinema português que já é, por si, tão frágil em consequência desta precariedade que continuamos a viver.

O que é que faz exatamente um membro de uma academia de cinema? Na prática, em que se traduz esse papel?

Por exemplo, no caso dos Prémios Sophia [Prémios de Cinema Portugueses] cabe aos membros votar e é por votação que selecionamos os nomeados. Os regulamentos são sempre disponibilizados, as novas ideias, as novas propostas. Estamos sempre a par de todos os passos que a Academia vai dando e, mediante a disponibilidade e o empenho de cada um, podemos participar. E felizmente o Paulo [Trancoso, presidente da Academia Portuguesa de Cinema] é um homem extraordinário, com uma grande diplomacia e capacidade de encaixe, e um bom ouvinte. É um homem com quem podemos partilhar e discutir. Lembro-me do encontro China-Portugal, entre produtores dos dois países, onde eu também tive oportunidade de estar presente e onde são promovidos festivais, mostras de cinema, retrospetivas e discutimos o cinema também a nível internacional, porque o cinema português tem uma força e um reconhecimento muito interessante lá fora.

A atriz Margarida Vila-Nova é membro da Academia Portuguesa de Cinema desde março deste ano. Sobre a participação numa organização deste tipo não tem dúvidas: “o coletivo tem sempre mais força do que um produtor, um realizador, um ator sozinhos a desbravar caminho no cinema português que já é, por si, tão frágil.” [Sara Matos /Global Imagens]
Há quem diga que é um dos últimos redutos do cinema de autor, independente e quase experimental. Partilha dessa opinião?

Não quero reduzir o cinema português apenas a esse ponto de vista e sobretudo, porque acho que a identidade de um país passa por aquilo que construímos e realizamos e o cinema português não deixa de fazer parte da minha, da nossa, identidade. Não podemos menosprezar nem o cinema, nem o número de espetadores em Portugal. [Mas] Se formos comparar lá fora, se calhar um filme português fora de portas faz mais espetadores do que em casa. Mas sobretudo há uma memória que fica para a História e é isso que faz parte da nossa identidade.

Um dos últimos filmes que fez, o ‘Cartas da Guerra’, é precisamente isso. Mas se são filmes que evocam a nossa identidade e se fazem melhor bilheteira lá fora, o que é que falta para serem tão vistos cá como lá? Não estamos assim tão habituados a ver a nossa história no cinema?

Não sei se estamos ou não habituados. Também há uma mudança do paradigma, hoje em dia, no cinema, há todas as plataformas online em que podemos comprar, alugar, rever [filmes], pôr pausa. A cultura e a tradição de ir ao cinema, essa sim, é que pode ser colocada em questão. Não acho que tenha só a ver com o cinema português, porque o mesmo se passa com filmes estrangeiros. Acho que [no caso nacional] foi também uma das consequências desta crise que nos arrastou, em que as pessoas perderam os seus hábitos culturais, de ir ao cinema, ir ver uma exposição, ir ao teatro. Os seus hábitos de consumo e as suas prioridades passaram a ser outras. E a televisão ganhou uma força que não podemos esquecer. Acho que o cinema terá um novo caminho e um novo espaço, e que pode passar longe das salas de cinema. A mim entristece-me, porque há uma magia…Ir ao cinema é uma experiência coletiva, não tem a ver com o ato individual de sentarmo-nos com a manta no sofá. O filme tem uma outra dimensão numa sala, que não tem em casa. Em relação ao número de espetadores e ao que o cinema faz ou deixa de fazer, acho que há um longo caminho [a percorrer] e eventualmente a Academia pode lançar uma estratégia e desafiar-nos a todos. Para podermos ir assistir a um filme em português, também é preciso que se produzam e se realizem filmes portugueses e há uma carência de número de produções. Os concursos cada vez abrem mais tarde e isto é uma pescadinha de rabo na boca. É uma tradição que se constrói. Há um longo caminho a percorrer e acho que a solução nunca pode ser parar de produzir e de fazer.

Falando em crise, o cinema é, talvez, entre as artes aquela que mais tem retratado a crise dos últimos anos. Será um documento histórico deste tempo?

Será, será uma marca da nossa memória, lá está. Será um documento, o facto de os filmes serem filmados ou escritos em determinada época, naturalmente estão condicionados pelos fatores exteriores. Há uma geração no cinema marcada por esta crise que nos afetou e acho que há uma abordagem de uma nova geração nos seus temas, na sua forma de filmar, na sua forma de produzir – cada vez são menos atores, menos técnicos, menos recursos, menos semanas a filmar. É interessante, vai ficar um documento interessante sobre uma época da nossa história. Mesmo nas ‘Cartas da Guerra’, o Ivo [Ferreira] recebeu o subsídio e a verba só foi descongelada dois anos e meio depois. Ele já era outro homem quando filmou as ‘Cartas da Guerra’ [risos], quando recebeu finalmente o dinheiro para filmar. E esta ideia de o dinheiro estar cativado ou congelado, estas amarras que não nos deixam ser verdadeiramente livres no que gostaríamos de estar a filmar, certamente vão condicionar e traçar uma época.

“Neste bolo em que vivemos o medo é o nosso pior inimigo. Esse medo, acho que apesar de tudo não tenho. Pode correr muito mal. Pode! Mas eu disto não vou morrer. Não quero defraudar as minhas expectativas, nem ser refém das minhas escolhas.”

Estes últimos anos marcam o seu regresso em força ao cinema e à televisão, depois de uma espécie de interregno. Foi para Macau, abriu uma mercearia…O que é que esse distanciamento, geográfico e não só, lhe trouxe e por que é que precisou dele nesse momento da sua vida?

Preciso de me reinventar para me manter esperta [risos], porque dentro destas lógicas de produção que hoje em dia temos de trabalhar em televisão – são um ano de trabalho consecutivo, 12 horas por dia, cinco dias por semana –, há pouco tempo para pensar, para respirar, para ir ao cinema, ao teatro, para ler um livro, para ver os filhos crescer, para ler um jornal e pensar sobre o país, sobre o mundo. E esta aceleração, esta forma de viver, às vezes reduz-nos. Eu sinto-me sufocada e limitada e acho redutor viver assim. Para construir um novo personagem, tenho de me reinventar, de ir ver coisas novas. Não sou capaz de sair de um personagem e construir outro de seguida sem ter passado pela casa da partida antes. Neste processo coloquei-me também em causa: não me reconhecia como atriz, pus em causa o caminho que estava a tomar, senti-me responsável pelas minhas próprias escolhas, queria fazer um caminho mais próximo do cinema ou do teatro, e de repente a televisão estava a afunilar o meu próprio percurso e isso trazia-me uma limitação artística. Há uma data de tiques e de trejeitos, de manias e hábitos que estava a ganhar e que não me estava a deixar feliz. Para mim ser atriz era mais do que isto, então se era para “virar frangos” ia virá-los como deve ser [risos] Fiz um business plan e cheguei à conclusão que era melhor uma mercearia. Acho que esta questão de nos reinventarmos tem a ver também com termos a liberdade de viver outras coisas e fazer outras coisas. Por que é que eu só posso ser atriz? Às vezes somos um bocadinho preconceituosos e …

Definidos pela profissão?

Sim, porque é que temos de ser definidos pela nossa profissão? E depois, respondendo ao que é que tudo isso me trouxe como atriz, eu acho que o facto de viver outra cultura, ter aprendido, ter estudado novos hábitos, novas formas de falar, de pensar, atravessar o mundo, viajar, ver os filhos crescer, gerir uma mercearia, o stock, uma folha de Excel, o dinheiro de caixa, só nos pode enriquecer e dar-nos bagagem. Porque às vezes é uma ilusão aquilo que vivemos aqui em Portugal.

Porquê?

Porque eu posso, se quiser, viver à margem de toda uma realidade, porque a minha vida não é especialmente difícil. Eu posso não estar contente com ela, mas difícil não posso dizer que seja. Acho que quando tu te propões reduzir à tua insignificância e financeiramente te reinventas, começas a construir uma casa de novo e dedicas-te a ti, não numa egotrip, mas a ti enquanto ser humano: o que é podes fazer melhor, onde é que estiveste pior. O facto de ter ido para fora trouxe-me um distanciamento mesmo com os problemas. Eu às vezes via as notícias da dita crise, porque coincidiu com o ano que em fui embora e não percebia. Pensava: “como é que estas pessoas estão a viver, como é que não saem à rua, como é que é possível, como é que o défice…” A luta no dia-a-dia é pela sobrevivência e quando tu estás fora e a tua luta é outra, consegues ganhar distanciamento para avaliar a situação e isso depois serve-te como exercício para tantas outras coisas! Não me arrependo de ter ido embora, acho que tornou a minha vida mais divertida. O medo que nós temos de ficarmos sem trabalho, da precariedade das profissões, do subsídio de desemprego, ou da falta dele, dos cachets cada vez mais negociados, das rendas em Lisboa que estão caríssimas. De repente isto é um bolo e neste bolo em que vivemos o medo é o nosso pior inimigo. Esse medo, acho que apesar de tudo não tenho. Pode correr muito mal. Pode! Mas eu disto não vou morrer. Não quero defraudar as minhas expectativas, nem ser refém das minhas escolhas.

Depois da novela ‘Paixão’, a atriz regressa ao teatro, em duas produções que deverão estrear perto do verão. [Sara Matos/Global Imagem]
Agora que está de regresso a Portugal consegue fazer o que fazia em Macau, ou seja ter esse tempo para si, para a sua família?

Não, é outro tempo. Este é outro. Não é um sítio melhor, nem pior. Gosto de viver nos dois sítios e seria incapaz de viver só num tempo, num lugar. A vantagem de estar em Lisboa é que todas as semanas vou ao teatro, vou ver qualquer coisa.

E tem um refúgio no Alentejo.

E tenho um refúgio no Alentejo, sim [risos]. Mas a família e os amigos também são os nossos pilares. Quanto ao viver cá e lá, cá tenho tempo para fazer outras coisas, lá não tenho os desafios profissionais que tenho aqui em Portugal, tirando o ‘Hotel Império’, que filmei com o Ivo Ferreira [o marido] em Macau, faz agora um ano. O filme está pronto para ir a festival e foi a primeira grande oportunidade que tive de estar a trabalhar em Macau como atriz. Acho que foi importante. Eu gosto de vender sardinhas, mas sou mais feliz a representar [risos]. Mas eu e o Ivo também nos reinventámos nesta questão. Somos um bocadinho resistentes e sobreviventes à dificuldade ou ao constrangimento de filmar, no geral. Então inventam-se e constroem-se os projetos em casa e depois lançam-se os desafios e as propostas.

O facto de serem marido e mulher torna mais fácil gerir esses projetos, naquilo que é o resto da vossa vida ou surte o efeito contrário?

Tem dias. O processo criativo é muito interessante, porque falamos horas e horas, discutimos ideias. Ele está a preparar um projeto agora sobre as FP – 25, então todo o material que tem sido lido em casa, todas as entrevistas que ele foi fazendo, essas conversas não têm fim. E depois às vezes lê-me os projetos. Não temos pruridos um com o outro, sem nunca nos anularmos, sabendo ouvir-nos um ao outro. Quer dizer, na verdade sou mais eu que o oiço [risos] mas sem querer ser castradora no seu ato criativo. Depois na fase da pré-produção, da rodagem, aí já é mais complicado, normalmente falamos pouco nessa altura. Há assim um código de honra, não se leva trabalho para casa.

Neste novo projeto do Ivo Ferreira participa de alguma forma?

Não, não.

“Nós não alimentamos muito o trabalho dentro de casa, é um tempo de família, um tempo para ler, para estudar com eles. Gosto imenso de estudar com o meu filho mais velho.”

Gostaria de no futuro dedicar-se a outras áreas do cinema, arriscar também a realização, ou a produção?

Eu já produzi teatro em tempos. Depois desisti, achei que já chegava de pagar para trabalhar. No cinema, pensei uma vez filmar um documentário, por acaso em Macau. Está escrito, talvez um dia o faça. É só porque é uma história que gostava muito de contar e porque acho interessante o desafio de como contar esta história em imagens. Mas não tenho a ambição de realizar um filme. Interessa-me muito mais trabalhar como atriz e enquanto estiver ao lado do Ivo interessa-me partilhar com ele estas histórias que ele vai filmando. E há um número razoável de realizadores em Portugal com quem ainda gostaria de trabalhar.

Por exemplo?

Miguel Gomes, João Canijo, Sandro Aguilar.

Numa entrevista que deu recentemente disse que o ator não deve condicionar a sua atuação, neste caso em televisão, pela pressão das audiências. Mas essa pressão existe. Como é que gere isso, leva-a a aceitar mais ou menos papéis em TV, por exemplo?

Não. Agora, quando um projeto é líder de audiências isso traz um entusiasmo geral e isso contamina um ator. E para um ator o facto de uma novela atingir um resultado histórico em termos de audiências, isso depois também se reflete nos convites posteriores. É a lei do mercado. Quando digo que não deixo que me afete, bom também demorei alguns anos a chegar a este estágio [risos].

Requer aprendizagem.

É uma coisa que se aprende porque esta pressão, responsabilização ou culpabilização de a personagem não estar a funcionar, não ser querido do espetador, a novela não estar a atingir os padrões desejados, isso é um boicote a nós próprios ou podemos entrar numa situação de culpa e isso pode limitar-me como atriz. Também não me pode passar pela cabeça que eu sozinha seria a razão do sucesso de uma novela. Não acredito em projetos solitários. Uma novela implica uma equipa de pelo menos 80 pessoas por trás. Seria muito presunçoso da minha parte, eu achar que era tão talentosa, tão talentosa que o sucesso desse projeto se devesse ao meu trabalho. Por isso, hoje em dia quando digo que isso não interfere, não quer dizer que me seja indiferente o resultado e preocupo-me, penso que estratégia é que poderemos adotar, se há focus grupos ou não, o que é que é dito do personagem, como é visto aos olhos do público. E sei que quando uma novela tem sucesso isso enche uma equipa de entusiasmo e autoconfiança, mas não posso deixar de fazer o meu trabalho e sobretudo nunca posso pensar que é só um trabalho meu, é um trabalho de equipa. Essa é a graça que tem.

Com o ritmo das novelas, como é que gere a vida familiar, o tal tempo para ver os filhos crescerem?

Com um bom mapa de trabalho [risos].

Mas tem ajudas?

Sim, sim. Mas trabalhamos bem em equipa lá em casa e o fim de semana é sempre um tempo sagrado em termos familiares. E depois temos sempre apoio da família, temos uma senhora que vive connosco, ou se somos nós que vivemos com ela, porque já nos conhece de cor e salteado. Mas a família, no meu caso, é um balão de oxigénio. Gosto desse tempo com os miúdos. É um tempo que até me descansa. Embora se tenham habituado a viver entre duas cidades, dois países, entre projetos, o tempo deles é único.

Diz que eles não gostam muito de ver as cenas românticas que a Margarida representa. Já teve necessidade de lhes explicar algumas cenas, mais fortes eventualmente, tem esse tipo de conversa com eles?

Sim, mas eu desdramatizo: “Oh filho, isto é tudo a brincar! Achas que alguém me quer magoar, achas que um carro passa por cima de alguém?”

Mas eles fazem-lhe essas perguntas, inquietam-se?

Nós não alimentamos muito o trabalho dentro de casa, acho que o tempo em casa é um tempo sagrado, é um tempo de família. É um tempo para ler, para estudar com eles. Gosto imenso de estudar com o meu filho mais velho, por exemplo. Entretenho-me imenso a estudar História com ele. E não levamos trabalho para casa porque já passamos o dia fechados [num set] e um realizador e uma atriz o que é que vão falar? É muito chato para eles que são crianças e que não percebem nada das conversas de adultos. Então não ligo a televisão para ver a novela – não quer dizer que não veja depois, mais tarde, depois de eles estarem na cama –, evito estudar texto quando eles estão acordados.

Já tem projetos para depois desta novela?

Para já termino esta novela, depois segue-se um espetáculo com o João Pedro Mamede, na Culturgest, em Lisboa, e logo a seguir, inicio os ensaios com o António Pires, com o Teatro do Bairro, um Shakespeare nas ruínas do Carmo, e depois em princípio hei de ir de férias [risos].

Fala-se muito em desigualdade de género em matéria salarial, sobretudo. Portugal aumentou o fosso nesse aspeto, no quadro europeu. Esse é um dos temas para ser levado à discussão na Academia Portuguesa de Cinema, por exemplo?

Irei levar essa questão [à Academia].

Depois diga-nos o resultado.

Com certeza [risos].

Imagem de destaque: Sara Matos/Global Imagens