Como fazer o luto de um animal de estimação? Especialista explica

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[Fotografia: Pexels/Christian Domingues]

Perder o companheiro de uma vida é difícil. Por isso, a Delas.pt recorda o que Teresa Andrade, psicóloga clínica e docente no Instituto Universitário Egas Moniz, recomenda nestes momentos mais complexos.

Entre os primeiros passos, a especialista recorda que é necessário “compreender aos poucos que a vida pode prosseguir de outras formas, encontrar novas rotinas e equilíbrios”. “O luto não desaparece, mas a vida pode continuar com a saudade e lembrando as coisas boas porque passámos juntos, as boas memórias e a sorte que foi termos tido aquela pessoa ou animal connosco por algum tempo. A morte é inevitável, mas o que de bom se viveu não se perde, fica no nosso coração”, vinca.

Para a especialista, o luto “é um processo de adaptação a uma perda permanente e não reversível de alguém ou algo que fazia parte constante da nossa vida, da nossa rotina e dos nossos afetos, quanto mais presente estava e mais forte a relação mais difícil é”. “Nos animais, embora a intensidade da relação possa ser equivalente à que temos com uma pessoa, já sabemos que não vão viver tanto tempo. A intensidade da perda pode ser a mesma, mas para a perda do animal estamos mais preparados”, sublinha.

E deve-se ou não procurar um novo companheiro? “Um novo animal pode trazer alguma alegria e é bom para o animal também, no entanto nunca substituirá o que partiu. É uma outra história, é ter esperança em construir algo novo e é bom”, considera Teresa Andrade.