Maria Botelho Moniz: “Não sou eu que sou insegura, são os outros que me fazem sentir insegura”

Maria Botelho Moniz
[Fotografia: Maria Botelho Moniz/Instagram Goucha]

Maria Botelho Moniz revelou que embora não costume ser insegura e já tenha aprendido a lidar com os comentários menos positivos que são dirigidos à sua condição física durante os 18 anos em que faz televisão, os olhares depreciativos tecidos ao seu corpo fê-la duvidar de si mesma e achar que tinha o distúrbio de não ver a realidade quando se olhava ao espelho, afirmando: “Não sou eu que sou insegura, são os outros que me fazem sentir insegura.”

Em entrevista ao programa de Manuel Luis Goucha, na TVI, Maria Botelho Moniz revelou a par dos efeitos psicológicos que tal pode ter, inicialmente, quando o texto foi publicado, “estava completamente a leste” “Entrei nas redes e percebi”, revelou.

“Na primeira vez encolhi os ombros e segui o meu dia, estou a ganhar uma carapaça. Depois reli. A cada leitura que fazia encontrava uma nova palavra, uma vírgula, o colocar em causa a minha dedicação. Porquê comparar-me com a Sónia Araújo e a Catarina Furtado?”

[Fotografia: Instagram/Instagram/Goucha]
“À décima vez que li… doeu. São coisas destas que leio todos os dias há 18 anos, sobre a minha imagem. Já tive menos 20 quilos e foi posta em causa a minha imagem, não o meu talento e profissionalismo”, referiu a apresentadora, emocionada.

“Não preciso de um homem que tem idade para ser meu pai que me diga isso! Não entendo é o porquê, parece gratuito e qual é objetivo? Senti-me humilhada. Isto é tão injusto, é pura maldade, o objetivo é fragilizar-me”, acrescentou.

Revelou ainda que o que mais a incomodou foi o jornalista Alexandre Pais – que a acusou de “robustez” afirmar que desrespeitava o público pela forma como se apresentava. Refere que só decidiu ir ao programa de ‘Goucha’ abordar o tema pelas várias mulheres que a seguem, que se identificam com o seu percurso e que sonham em seguir uma carreira em televisão ou na representação.

Por último, a apresentadora do programa Dois às Dez deixa apelo a realizadores de castings na televisão, na representação e nas campanhas publicitárias: “Na primeira fase de casting, avaliem só o talento.”

Não sem antes revelar que se confronta com escolhas limitadas de guarda-roupa: “Neste momento um 38 não me serve. Preciso de seis looks por semana. Utilizamos muita roupa e não há marca que tenha saída para tanta roupa. Nem nos showrooms não há muitas vezes o meu tamanho, porque são feitos em menos quantidade”, concluiu.