Maria Grazia Chiuri: “Não estou sozinha, existem muitas mulheres que trabalham na Dior”

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Maria Grazia Chiuri, 54 anos, foi nomeada em julho de 2016 diretora criativa da Dior. A sua primeira coleção para a marca ficou marcada pelas t-shirts que tinham gravadas a frase “We Should All Be a Feminst” (“Todos devíamos ser feministas”), uma clara declaração feminista que tem marcado o seu trabalho para a casa de moda francesa desde então.

Esta quarta-feira, dia 18 de abril, Maria Grazia Chiuri esteve em Lisboa na Conferência de Luxo da Condé Nast Internacional, e quando Suzy Menkes lhe perguntou o porquê de tomar uma posição feminista nas suas criações, a designer confessou: “no início não refleti muito sobre isso, porque foi algo aconteceu, mas não sei porquê. Talvez tenha acontecido por ser a primeira mulher à frente de uma marca tão grande como a Dior, e o facto de toda agente falar sobre isso isso é algo que também me surpreende de certa forma”.

Surpreendida ou não com a força da sua posição feminista, o que é certo, é que o trabalho da designer tem sido marcado pelo empoderamento das mulheres, dentro e fora das passerelles. Cada coleção da designer italiana é uma parada de mulheres fortes, uma parada porque a força transmitidas pelos clássicos Dior reinventados é tanta que inspiram a mesma sensação de força que uma farda militar. ” As mulheres Dior podem ser femininas de uma forma forte“, disse Chiuri em Lisboa, acrescentado que “cada mulher tem varias várias facetas diferentes”. “E eu quero mostrá-las”, sublinhou.

 

” As mulheres Dior podem ser femininas de uma forma forte”

 

Maria Grazia explicou ainda que quer “mostrar as mulheres que estão por trás” do seu trabalho. “Eu não estou sozinha, no atelier e nos arquivos existem muitas mulheres que trabalham na casa Dior. É muito importante mostrar a parte de dentro da marca”.

As mulheres têm sido o grande foco do trabalho da diretora criativa dentro e fora da passereles, em 2017 criou o programa de formação para mulheres na área da moda.Queremos apoiar as mulheres que querem trabalhar na área da moda e ajudá-las a perceber o que querem fazer dentro desta indústria, já que há muitas possibilidades e trabalhos muito diferentes” esclareceu em Lisboa.

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No palco da CNI Luxury 2018 houve ainda tempo para falar sobre a filha de Maria Grazia que é uma das pessoas mais importantes para o trabalho da designer. “Às vezes fechamo-nos no nosso trabalho e é preciso ter outro ponto de vista. Ela é o futuro. Quando eu era da idade dela era muito diferente, não tinha toda a informação e conhecimento que ela tem agora”.

A designer destacou ainda a tradição da bordaria portuguesa e confessou que o nosso país lhe “lembra o sul de Itália, existem aqui muitas referências semelhantes”.

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