Maria Luis Albuquerque não exclui ser um dia líder do PSD

A vice-presidente do PSD Maria Luís Albuquerque (JOSÉ COELHO/LUSA)
A vice-presidente do PSD Maria Luís Albuquerque (JOSÉ COELHO/LUSA)

A ex-ministra das Finanças Maria Luis Albuquerque não afasta a possibilidade de vir a suceder Pedro Passos Coelho na liderança do PSD, afirmou em entrevista ao Diário de Notícias, publicada na edição desta sexta-feira.

“Relativamente a matérias dessa natureza não se deve dizer nunca. Depende muito das circunstâncias. Se me pergunta se tenho vontade ou se tenho essa intenção, não a tenho, mas nestas matérias afirmações absolutas de nunca parecem-me contraproducentes”, disse Maria Luis Albuquerque.

Contudo, a deputada social-democrata lembra que a questão da sucessão de Passos Coelho “não está em cima da mesa”, sublinhando ser “um hábito pouco saudável em relação a líderes que acabam de ser reeleitos com uma maioria esmagadora estar já a falar de quem é que os sucede”.

Caso Arrow
Em relação à polémica que ficou conhecida como caso Arrow, a empresa com a qual aceitou colaborar, Maria Luis Albuquerque disse ter aceitado o convite porque lhe pareceu interessante a possibilidade de ter “uma experiência nova e de aprender muitas coisas”.

“Quem está na vida política tem de estar preparado para o impacto das suas decisões e para sentir críticas e, portanto, isso é uma coisa que vem no pacote. Faz parte. (…) A questão de ‘em política o que parece é’, é uma citação de Salazar, e eu, citações de Salazar, não aprecio. A questão foi colocada logo de início de forma errada, primeiro revelando uma enorme ignorância sobre o que é a atividade de uma empresa destas e até de um princípio errado que era uma atividade que eu teria tutelado enquanto ministra das finanças”.