Marisa Matias na Web Summit: Comércio livre “é romântico, mas irrealista”

Portugal's presidential candidate Marisa Matias visits the National Conservatory of Music in Lisbon
Portugal's presidential candidate Marisa Matias visits the National Conservatory of Music in Lisbon, Portugal January 13, 2016. Portugal will elect their next president on January 24. REUTERS/Rafael Marchante - GF20000093894

A eurodeputada portuguesa está, esta terça-feira, 7 de novembro, a falar na Web Summit e o tema é o comércio livre, uma realidade que, vinca ao Delas.pt, “é uma ideia politicamente bem vendida, mas que não existe”, uma “uma ideia romântica, mas irrealista”. Maria Matias considera que “matemática e economicamente, é impossível que [estes acordos] beneficiem as populações”.

Momentos antes de subir ao palco para debater o tema, a eurodeputada de 41 anos, explicou que “o que existe são opções para impor condições sobre as quais só os países desenvolvidos saem vencedores”, em que a competição “que deveria ser entre empresas passa para ter lugar entre estados”.

Comércio livre, os papers e as tecnologias que estão um pouco por toda a parte

Num evento como o Web Summit, onde empresas tecnológicas operam um pouco por todo o mundo e escolhem sedes com melhores benefícios possíveis, o que fazer em termos políticos?

Matias reage: “Tem de haver vontade política, as empresas têm de pagar impostos no sítio onde geram os seus lucros”. Ao mesmo tempo, exorta a eurodeputada, “se não acabarmos com os paraísos, também é a garantia que faça lavagem de dinheiro relacionado com atividades ilícitas”. Por isso, pede listagens aos países.

Afinal, “porque é que um trabalhador ou trabalhadora ou empresa não podem escolher onde pagar impostos, nem terão dinheiro para mandar para paraísos fiscais, mas uma empresa pode?”, indaga.

[Imagem de destaque: Reuters]

 

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