McDonald’s: Trabalhadores em ‘Big’ protesto contra o assédio

shutterstock_380913244_mulherprotesto

“Estou hoje aqui, em greve, [terça-feira, 18 de setembro] para exigir uma mudança”, disse à agência France-Presse (AFP) Theresa Cervantes, 20 anos. “O assédio sexual é um problema universal, é uma doença”, lamentou. Esta era uma das dezenas de mulheres, trabalhadora na cadeia de fast food McDonald’s, que protestava em frente à sede da empresa em Chicago.

“Não podemos mais aceitar que um em cada dois trabalhadores sofra violência sob a supervisão do McDonald’s”, disse Karla Altmayer, organizadora da manifestação em Chicago. “Não estou no menu”, afirmava uma das manifestantes citada pelo periódico britânico The Guardian. “Time’s Up McDonald’s”, acrescentava.

“Não estou no menu”, afirmava uma das manifestantes de chicago

Com elas estavam muitas mais funcionárias do sexo feminino que, nos Estados Unidos da América, decidiram sair à rua em dez cidades para empreender uma greve laboral contra o assédio sexual na empresa, em consonância com o movimento #MeToo.

De acordo com os organizadores, o objetivo foi protestar contra a incapacidade da cadeia de ‘fast food’ em pôr fim aos episódios constantes de assédios sexual de que os trabalhadores são alvo.

Asia Argento desmente agressão sexual e diz que pagou a conselho de Bourdain

Manifestantes também tomaram as ruas em cidades como Kansas City e Saint-Louis, segundo a AFP. A greve acontece quatro meses depois de vários funcionários terem apresentado uma denúncia à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego: 10 denúncias tinham sido apresentadas este ano e 15 já o tinham feito em 2015, segundo dados apresentados pelo jornal britânico The Guardian.

Em comunicado, a gigante de ‘fast food’ garantiu que tem “políticas e procedimentos rigorosos” para evitar o assédio sexual. O #MeToo (#EuTambém, na tradução em português) é usado como frase-chave para o movimento de denúncia e combate a assédio sexual de mulheres, espoletado pelas denúncias contra o produtor norte-americano Harvey Weinstein.

CB com Lusa

Imagem de destaque: Shutterstock

O amor depois do #MeToo: Como engatar sem arriscar uma acusação de assédio