Medicamentos para a artrite reumatoide passam a ser gratuitos

artrite reumatoide

Os medicamentos para as artrites reumatoides vão passar a ser gratuitos para os doentes, com comparticipação a 100%, pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O diploma, publicado em Diário da República, esta segunda-feira, 17 de abril, refere que estes fármacos, que beneficiavam de uma comparticipação de 69%, passam a ter um regime excecional de comparticipação específico para os fármacos modificadores da doença reumática.

Na origem desta medida está a morbilidade que estas doenças provocam, assim como as repercussões pessoais e socioeconómicas nos doentes, uma vez que “são doenças de sintomatologia em muitos casos incapacitante e fortemente penalizadora da qualidade de vida dos doentes”.

Uma doença que afeta mais as mulheres
A artrite reumatoide é uma doença que afeta sobretudo o sexo feminino. Por cada homem são quatro as mulheres que sofrem destas patologias, estimando-se uma prevalência entre as 50 e as 70 mil pessoas.


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Apesar de se tratar de uma doença limitativa, com repercussões na qualidade de vida do doente, e de não ser curável, existem tratamentos para minorar os seus efeitos.

“As doentes que não estão tratadas não conseguem fazer movimentos tão simples como atar sapatos, lavar os dentes, e até levar uma colher à boca. Com o tratamento, o panorama melhora e aí começa a vida normal”, explicou ao Delas.pt, Filipa Mourão, no Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatoide, assinalado a 5 de abril.

A secretária-geral da Sociedade Portuguesa de Reumatologia alertou para o facto de a doença estar subdiagnosticada, sendo que quanto mais cedo for diagnosticada, menos lesões provocará.

Principais sintomas e medidas preventivas
As dores nas articulações, em especial nas mãos e nos pés, deformações, sensação de cansaço, dificuldade nos movimentos mais simples do quotidiano são alguns dos sintomas da artrite reumatoide.

Embora não seja curável e careça de medicação no seu tratamento, a artrite reumatoide pode ser controlada com adoção de alguns comportamentos.

Não fumar, dormir sete a oito horas, manter uma alimentação saudável e praticar exercício físico que estimule a amplitude articular – como yoga e pilates – e a força – para os músculos susterem as articulações, são algumas das recomendações da especialista para prevenir e atenuar os efeitos da doença.

Quanto, aos fármacos que vão passar a ser gratuitos só poderão ser prescritos por médicos especialistas em reumatologia e medicina interna e podem ser adquiridos na farmácia comunitária. A medida entra em vigor em maio.