Publicidade Continue a leitura a seguir

Melânia Gomes agradece apoio após testemunho avassalador sobre abuso sexual

[Fotografia: Instagram/Daniel Oliveira]

Publicidade Continue a leitura a seguir

Obrigada, do fundo do coração, por todo o afeto que me têm feito chegar”, começou por escrever Melânia Gomes. Um agradecimento que a atriz, de 38 anos, fez nas redes sociais depois de ter revelado que tinha sido abusada por um familiar quando ainda era pequena, aos seis, sete anos.

Na mesma partilha nas redes sociais, Melânia Gomes diz-se “muito feliz” por ver o “impacto que o testemunho está a ter”. “Foi para isso mesmo que o dei. Para que muitas histórias como a minha possam ser evitadas”, escreveu.

 

Ver esta publicação no Instagram

 

Uma publicação partilhada por Melânia Gomes (@melaniagomes)

O relato do trauma foi feito no programa Alta Definição, na SIC, conduzido pelo apresentador e diretor Geral de Entretenimento Daniel Oliveira. Um testemunho chocante e emocionante que abordou as memórias traumáticas, o confronto com o passado já anos depois das agressões e a maneira como estes episódios moldam a formação e a capacitação que a atriz está a tentar dar à filha, Mafalda, quase de quatro anos, e para que não passe pelo mesmo e saiba identificar e lidar com eventuais aproximações não desejadas.

“Não esqueci, reprimi”

“Fui abusada por uma pessoa da minha família, numas férias. Tinha cinco, seis, sete anos. Reprimi. Nalguns momentos tinha flashs de coisas concretas, cheiros, tudo muito forte e sensorial. E da mesma forma que vinha, ia. E tinha as mais diversas reações. (…) Foi preciso bastante tempo para trabalhar isto. (…) Para enfrentar o que aconteceu”, referiu no Alta Definição.

Melânia Gomes confessou que não recebeu o apoio familiar que esperava: “Eu contei e acho que acreditaram, mas havia uma esperança muito grande que, como era pequena, fosse esquecer. E a verdade é que eu não esqueci, mas reprimi. Nunca gostei dessa pessoa, já morreu. Evitava-a ao máximo. Eu contei e ninguém sabia lidar com aquilo que eu contei”.

A artista revelou que os abusos aconteciam quando estava na casa de banho, a dormir ou a brincar, mas sempre quando estava sozinha. “Embora não tivesse conhecimento, há uma intuição que te diz que aquilo não é normal, e que não devia estar a acontecer. Que não é certo. Fiz um telefonema e disse que queria ir embora e fui embora. (…) A pessoa nunca foi confrontada. Nunca ninguém fez nada. Com a esperança que era muito pequena e ia esquecer. (…) Fica a raiva de aquela pessoa, nunca lhe ter acontecido nada”, rematou.