Michael Sheen vai deixar a representação para lutar contra extrema-direita

Cast member Sheen poses at the premiere of
Cast member Michael Sheen poses at the premiere of "Passengers" in Los Angeles, California U.S., December 14, 2016. REUTERS/Mario Anzuoni - RTX2V419

Com 25 anos de carreira como ator, Michael Sheen planeia deixar de representar para fazer frente à ascensão do “populismo de extrema-direita”. Não só no Reino Unido, o país que o viu nascer, mas em todo o mundo.

“Da mesma forma que os nazis tinham de ser parados na Alemanha nos anos 30, esta coisa que tem vindo a crescer também tem de ser parada. Este não vai ser o cenário daqui a 10 anos. Os dados estão a ser lançados novamente”, alertou o ator de 47 anos numa entrevista concedida ao jornal inglês ‘The Times’, durante a promoção do novo filme ‘Passengers’, no qual contracena com Jennifer Lawrence e Chris Pratt.

“Uma vez envolvido, estou completamente envolvido. E isto é grande. É uma grande oportunidade para as pessoas se identificarem comigo”, frisou ainda.

Sheen deixará Sarah Silverman, a sua companheira dos últimos dois anos, e a restante família em Los Angeles, nos EUA, para se mudar para Port Talbot, a sua cidade-natal no País de Gales, onde pretende combater a política “demagoga e fascista” que tem vindo a ganhar terreno nos últimos anos. Essa foi uma da regiões que votou mais massivamente a favor do Brexit, em junho passado, um resultado que o ator considera “triste e frustrante”.

A sua decisão foi também motivada pela recente vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas. Tornou-se então “urgente” o seu regresso a casa. “Como é que eu posso ser mais eficaz? O que é que eu posso fazer?”, pensou, na altura.

O ativismo político e social passou a ocupar grande parte da vida de Michael Sheen a partir de 2011. Foi nesse ano que começou a colaborar com a Unicef e passou meses a viajar pelo Reino Unido e por Espanha à procura de projetos locais que pudessem dinamizar a sua cidade. “O maior serviço que podemos prestar é servir um todo, servir a história da qual fazemos parte”, defendeu.


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