Michelle Obama apela ao voto e Barack a mais mulheres na política

Michelle e Barack Obama
Fotografia: Reuters

O casal Obama voltou a marcar a agenda política esta semana, em duas frentes. A antiga primeira-dama dos Estados Unidos da América, Michelle Obama juntou-se a várias celebridades, incluindo as cantoras Faith Hill e Janelle Monae, o ator Tom Hanks e o produtor de musicais Lin-Manuel Miranda, num movimento que apela ao registo dos eleitores americanos para votarem nas eleições de novembro.

‘When We All Vote’ (‘Quando Todos Votamos’, em português) é o nome da iniciativa, apresentada esta quinta-feira, 19 de julho, segundo, refere o jornal USA Today, que vai realizar uma série de eventos, comícios e sessões de formação de voluntários antes das próximas eleições ao Congresso americano, que se realizam a 6 de novembro.

O objetivo da plataforma é fazer uma campanha de sensibilização aos eleitores para se registarem – independentemente da sua orientação partidária – e votarem.

“Votar é a única maneira de assegurar que os nossos valores e as nossas prioridades são representadas nos corredores do poder”, afirma Michelle Obama, numa declaração citada por aquele jornal. E a ex-primeira dama acrescenta que “não é suficiente votar apenas para o presidente de quatro em quatro anos”. “Todos temos de votar para cada uma das eleições (…) Os líderes que elegemos para cada lugar ajudam a determinar praticamente todos os aspetos das nossas vidas e da nossa democracia”.

E enquanto Michelle Obama lembra a importância do ato de votar, o marido e antigo presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama quer mais mulheres nas lideranças políticas.

No discurso que fez esta quarta-feira, em Joanesburgo, África do Sul, por ocasião dos 100 anos do nascimento de Nelson Mandela, Obama disse: “Mulheres em particular, quero que vocês se envolvam mais”. Porque, segundo afirmou, “os homens têm mexido com os [seus] nervos ultimamente”. E a justificação é simples. “Todos os dias leio os jornais e penso: Homens, o que se passa com vocês? O que se passa connosco? Somos violentos, somos agressores. Simplesmente não resolvemos as nossas questões”, afirmou o ex-governante, considerando que uma boa maneira de ultrapassar alguns desses problemas é haver uma maior representação feminina nas lideranças políticas.

Dirigindo-se às mulheres africanas, mas numa mensagem que foi entendida de forma mais global, Obama sublinhou que “empoderar mais mulheres” contribuirá para “a criação de melhores políticas”.