A mensagem da primeira dama norte-americana para as jovens liberianas foi clara: “Gostaria que continuassem a lutar para permanecerem na escola”. Michelle Obama, que está na Libéria na companhia das filhas, Malia e Sasha, e da mãe, Marian Robinson, viajou até este país africano para promover o acesso das raparigas à educação.
Em Kakata, perto da capital, Monróvia, Michelle Obama encontrou-se com a presidente liberiana Ellen Johnson Sirleaf e com um grupo de adolescentes de comunidades desfavorecidas. “Vão para a escola, para a universidade, se puderem e, quando se tornaram as mulheres que se querem tornar, voltem aqui e apoiem outras meninas que precisam de ajuda”, pediu-lhes.
Mais tarde, seguiu para Unification Town, onde a esperava um grupo de estudantes. “Não tens de ser uma pessoa diferente para seres importante. És importante à tua maneira. Ninguém quer que te comportes como um rapaz. As pessoas querem e precisam de te dar valor pelo que és, pela tua história de vida, pelo que superaste. É isso que te torna única”, disse a mulher do presidente dos Estados Unidos a uma das raparigas presentes.
Na Libéria, apenas 37% das raparigas com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos sabem ler, segundo dados da ONU.
A presença de Sirleaf nesta ação tem um significado especial, já que a chefe de Estado fez história em 2006 como a primeira mulher eleita presidente em África. Ellen Johnson Sirleaf não pode voltar a candidatar-se ao cargo, nas eleições presidenciais do próximo ano, devido ao limite constitucional de dois mandatos.
A viagem de Michelle Obama segue esta terça-feira até Marrocos, onde permanecerá até amanhã e onde contará com a ajuda da atriz Meryl Streep para dar forma a esta campanha, intitulada ‘Let Girls Learn’ – ‘Deixem as Meninas Estudar’, um programa de governo dos EUA que visa incentivar a frequência e permanência de adolescentes na escola. Na quinta-feira, esta mesma ação prossegue em Espanha. O regresso a Washington está agendado para o dia 1 de julho.