Miguel Guedes desafia “toda a esquerda” e CGTP a apoiar greve feminista de 8 de março

O músico dos Blind Zero e comentador desportivo Miguel Guedes desafia todos os partidos de esquerda e a central sindical CGTP a apoiarem a Greve Internacional Feminista de 8 de março (Dia da Mulher), de 2019, que em Portugal está a ser preparada pela plataforma ‘Rede 8 de Março‘.

Na coluna de opinião, publicada esta sexta-feira, 7 de dezembro, no JN, o comentador escreve sobre as lutas feministas “à boleia” da bola de ouro da norueguesa Ada Hegerberg, a primeira mulher a quem foi atribuído aquele troféu.

Começando por falar no episódio infeliz e misógino de DJ francês Martin Solveig, quando entregou o prémio à futebolista, Miguel Guedes prossegue para aquilo que classifica de “a outra metade” da luta feminista, e que, segundo o vocalista dos Blind Zero, “interessa tanto ou mais”: “a luta pelos direitos, pela erradicação da violência, pela não reprodução da desigualdade e da pobreza no trabalho assalariado, no trabalho doméstico ou na prestação de cuidados. Pela educação.”

Por isso, defende, neste contexto, a importância do Encontro Nacional de Preparação da Greve Feminista Internacional de 8 de Março, em Portugal, que acontece este sábado, no Porto, a partir das 15h e exorta esquerda e sindicatos a apoiar a iniciativa.

A sessão pública de amanhã da “Rede 8 de Março” (na Faculdade de Belas Artes do Porto) apanha a boleia da crescente luta pelos Direitos das Mulheres que culminará na Greve Feminista de 8 de Março, marco-internacional-locomotiva da luta pela igualdade. Que a esquerda, toda a esquerda, não se furte ao combate. Que a CGTP não se acanhe por serem “só” mulheres em luta por todos.”

A plataforma nacional Rede 8 de Março reúne coletivos, associações, organizações políticas, sindicatos e pessoas a nível individual.

A sessão desta sábado contará com a presença de Haizea Miguela, da Comisión 8M de Movimiento Feminista Madrid, Cristina Tavares, operária do setor da cortiça que recentemente deu como provada a sua acusação de assédio moral contra a entidade empregadora, Camila Pereira, ama da Segurança Social, Joana Leite, formadora do IEFP e ativista dos Precários do Estado, Cláudia Braga, técnica especializada do Estado – intérprete de língua gestual e ativista dos Precários do Estado, e Rebecca Moore, do Sindicato dos Call Centres, refere o comunicado de imprensa da Rede 8 Março.

Serão também apresentadas as organizações que já declararam o seu apoio à Greve Feminista, que em 2018 parou Espanha.

Portuguesas propõem greve geral em 2019, até à lida da casa

 

Dia da Mulher passa a ser feriado em Berlim