Milhares de mulheres marcharam, este sábado, nas ruas da capital venezuelana em protesto contra a repressão às manifestações de opositores ao Presidente Nicolás Maduro, levadas a cabo pelas forças de segurança.
Vestidas de branco e empunhando bandeiras da Venezuela, as mulheres concentraram-se numa praça na parte leste de Caracas e pretendiam ir até ao Ministério do Interior e Justiça, no centro, para pedir o fim da repressão, mas tiveram que mudar o roteiro por causa da polícia e da Guarda Nacional, que bloquearam algumas artérias.
As manifestantes levavam cartazes com apelos à paz e com os nomes das 37 pessoas que morreram nos protestos que se realizaram por todo o país desde 01 de abril.
“Esta luta é nacional, estão a violar a Constituição e aqui vai haver reconciliação”, afirmou a deputada Marialbert Barrios perante dezenas de mulheres polícias perfiladas na rua, que obrigaram ao desvio da manifestação.
A coligação da oposição, a Mesa da Unidade Democrática, mostrou na sua conta na rede social Twitter outras manifestações em, pelo menos, dez estados do interior.
A par da manifestação das mulheres, dezenas de apoiantes de Maduro concentraram-se na parte ocidental de Caracas para se manifestarem contra o terrorismo de que acusam a Mesa.
Pelo menos 37 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas nos protestos que estão a decorrer, desde abril, na Venezuela, informou o Ministério Público venezuelano.
As manifestações contra e a favor do Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde há um mês, com a oposição a reclamar a libertação dos presos políticos, a convocação de eleições gerais e o fim da repressão.
Imagem de destaque: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins