Ministras em marcha contra a violência a 25 de novembro

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As ministras da Justiça e da Presidência vão participar na Marcha pelo fim da Violência contras as Mulheres, no dia 25 de novembro (sábado), em Lisboa.

Além de Francisca Van Dunem e de Maria Manuel Leitão, também a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Lopes Monteiro, marcam presença na manifestação que visa assinalar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que se comemora anualmente nesta data.

A marcha, marcada para as 16h, no Largo do Intendente, e com destino à Praça do Rossio, é promovida por várias entidades oficiais, ONGs e associações feministas, entre as quais a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) e a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PpDM).


18 mulheres morreram em Portugal, em 2017, e são já 472 as que sucumbiram ante a violência conjugal nos últimos 13 anos


O objetivo da iniciativa é chamar a atenção para os vários atentados contra as mulheres que ainda “persistem, um pouco por todo o mundo e também em Portugal”, apesar dos “progressos alcançados em matéria dos direitos das mulheres e da prevenção e combate à violência doméstica”, lê-se no manifesto de apoio à marcha, subscrito por várias organizações e pessoas em nome individual.

“Uma em cada três mulheres na Europa já foi violentada física ou sexualmente. Tal corresponde a 62 milhões de mulheres. Em Portugal, é uma em cada quatro mulheres, o que corresponde a 1 milhão e 400 mil mulheres”, lembra o texto.

Lembrando que a violência contra as mulheres é uma violação de direitos humanos e uma forma de discriminação, o manifesto sublinha que “independentemente da idade, território de origem, nacionalidade, pertença étnico-cultural, estatuto económico, orientação sexual, género, condição física, mental e /ou sensorial, a experiência individual e coletiva das mulheres face a atos de violência patriarcal, é uma constante.”

A organização elenca as diferentes formas de violência física, sexual, psicológica, económica incluindo ameaças, coerção, privação da liberdade, nos espaços públicos e privados, a que as mulheres estão sujeitas como razões para aderir à marcha.

Femicídio, violência nas relações de intimidade, assédio moral e sexual, no local de trabalho, na rua, no meio académico, violação, abusos sexuais, psicológicos, violência de Estado, violência online contra as mulheres, objetivação e sexualização dos corpos das mulheres, raparigas e meninas”, são algumas das formas de violência citadas no manifesto.

Marcha em várias cidades
A mobilização não é apenas para Lisboa. Também o Porto vai aderir à marcha, com uma concentração marcada para a Praça dos Poveiros, às 15h. Além de denunciar todas as formas de violência contra as mulheres, a marcha da Invicta, que termina na Praça da Liberdade pretende “homenagear as vítimas de violência doméstica e de género” e “exigir mais justiça e igualdade”.

Coimbra e Leiria são outras das cidades que vão aderir à iniciativa. Na cidade dos estudantes, a marcha começa às 15h30, na Praça 8 de Maio. Em Leiria, o Largo do Papa é o local escolhido para acolher a concentração, a partir das 10h.