Miss Jappa volta a mostrar que cozinha japonesa é muito mais do que sushi

Já passaram três anos desde que a enigmática boneca japonesa do Miss Jappa, pendurada do teto num baloiço com um tule branco, começou a ser fotografada pelos clientes do restaurante. A figura, que incorpora esta personagem criativa e misteriosa Miss Jappa, tornou-se não só um símbolo do projeto de Joana e Diogo Martorell (os irmãos que detêm também o Go Natural), mas um dos cantinhos mais “instagramáveis”do restaurante , a par do néon vermelho à entrada.

A decoração pode ser um dos fatores que leva alguns clientes a entrarem no número 5 do Príncipe Real, no entanto tem sido a carta assinada pela chef Anna Lins (uma das poucas mulheres à frente de um restaurante de sushi em Portugal) o motivo de sucesso.

Alguns dos seus pratos de street-food japonesa mantêm-se desde a abertura, como a divertida roleta russa com 6 gunkans (rolinho de sushi invertido), um dos quais tem uma malagueta escondida que obriga o “premiado” a beber um shot de sakê; mas também o ramen de cachaço de porco e os cones de tempura, que mostram a variedade da comida deste país oriental.

Para comemorar este terceiro aniversário há, no entanto, novos pratos a chegarem ao menu – e algumas novidades no restaurante. A começar pela ascensão de Rui Santos, até agora subchef de Anna Lins, a chef principal. Enquanto que Anna Lins estará, cada vez mais ligada ao Go Natural, sem deixar de acompanhar o Miss Jappa, o chef Rui Santos ficará responsável por esta cozinha japonesa.

Entre as novas criações de ambos estão a fresca salada de kinuta, com três peixes e molho de sésamo, perfeita para o verão, mas também um espadarte com salada de batata e uma maionese de wasabi, além de um clássico da comida japonesa: o yosenabe, um prato de conforto em que peixe, marisco e legumes são cozinhados numa panela quente.

Não sendo este um restaurante exclusivo de sushi, a garantia de bom peixe aqui faz com que valha muito a pena provar o novo combinado especial do chef, que traz combinações menos óbvias.

Num restaurante dedicado à comida de rua japonesa, não falta, claro, a bebida de eleição deste povo, o sakê, no entanto há também vinho nacional e ainda uma carta de cocktails. Esta última foi desenvolvida pelo conhecido mixologista e dono do bar Cinco Lounge, David Palethorpe, e tem sofrido poucas alterações ao longo dos últimos três anos. Foram elas os mocktails, bebidas sem álcool (que, segundo Diogo Martorell, são cada vez mais procuradas), mas também uma nova bebida criada por Anna Lins: o Martini Rosato, com laranja e água tónica.

A última novidade no restaurante é o alargamento do horário ao fim de semana. Se aos sábados e domingos, só encontrava o espaço aberto para almoços, agora o restaurante abre de terça a sexta às 18h30, mas funciona ao almoço e jantar ao fim de semana.

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