A iniciativa será apenas destinada a 15 candidatos que sejam migrantes, refugiados ou apátridas, que tenham bons conhecimentos da língua italiana, que tenham, pelo menos, 35 anos e que queiram ingressar numa das mais cobiçadas indústrias criativas a nível mundial. A iniciativa parte do organismo italino que tutela este setor, a Camera della Moda (Câmara Nacional da Moda Italiana), em parceria com a start-up Mygrants.
A revelação foi feita no domingo, 20 de junho, no dia Mundial do Refugiado e quando se apresentava a Semana da Moda Masculina de Milão, por onde desfilaram as coleções dos designers Miguel Vieira e David Catalán.
A proposta de inclusão passa por abrir vagas a formação para os que chegam a Itália. Reencaminhando depois para posterior estágio e emprego no tecido empresarial ou mais ligado à componente criativa da moda.
“Este projeto é apenas uma etapa que, esperamos, ganhar amplitude. Vamos oferecer formação às 15 pessoas selecionadas pela Mygrants, depois vamos abrir-lhes as portas do nosso setor”, garantiu o presidente da Camera Della Moda, Carlo Capsa.
O concurso vai estar aberto via Mygrants, que desde 2017 tem vindo a monitorizar competências e tem feito a ponte para o reencaminhamento para o mercado de trabalho. Nesta fase, irá procurar talento na área da moda para depois abrir o concurso.
Em declarações públicas, o fundador da start-up Christian Richmond Nzi referiu que as vagas se dirigem “a pessoas com pelo menos 35 anos, cumpridos entre 21 de junho a 30 de setembro”. Entre os aspetos que vão merecer prioridade estão, refere o responsável, “as competências têxteis dos candidatos, mas também as linguísticas e de motivação.”
Uma vez selecionados e formados, os finalistas “serão colocados em contacto com empresas italianas que, em função das suas necessidades e dos perfis específicos requeridos, poderão integrar os selecionados na empresa por via de estágio ou contrato de trabalho”, detalhou o responsável da Camera Della Moda italiana.
