Moda: provadores são o elo frágil da cadeia

Especial-covid

Cerca de um mês depois do início do desconfinamento aplicado a centros comerciais – com exceção de Lisboa, que foi mais tarde -, o delas.pt foi às compras em várias regiões do país para perceber como estava a correr a adaptação aos novos cuidados de saúde pública devido ao novo Coronavírus e se estavam a ser cumpridos.

Das lojas de roupa aos produtos de beleza, passando pelos espaços de lingerie e sapatarias, esta saída às compras teve lugar no início desta semana, em três regiões do país: Coimbra, Torres Vedras e Lisboa. Uma ida às compras que começa a ser publicada esta quinta-feira, 9 de julho, e que se vai estender até domingo, tendo em conta as especificidades de cada setor de negócio.

Um facto fica, desde já, claro: o álcool gel é mesmo o acessório do momento em todas as lojas, nomeadamente nas de roupa.

Também comum em todos os espaços é a contagem de clientes à entrada, a desinfeção obrigatória das mãos antes de entrar na loja e a possibilidade de circulação e de poder mexer em todas as peças, nem sempre com a sinalização suficientemente clara.

Contudo, há regras cuja aplicação evidenciam alguma discrepância entre si, sendo essa diferença particularmente evidente na zona dos provadores, onde os cuidados têm, mais das vezes, partir dos clientes e a pedido dos funcionários.

E se em Lisboa há espaços que têm os provadores fechados, aconselhando os clientes a “comprarem, levarem para casa para experimentar após 48 horas e devolver até ao fim de um mês, com a possibilidade de devolução do dinheiro”, noutras é pedido aos visitantes que tenham cuidados redobrados. Mesmo recomendado o provador para a cliente, que foi borrifado com desinfetante, uma das lojistas pede ao delas.pt que “não tire a máscara durante a prova para evitar contacto com as superfícies porque as pessoas tocam em tudo”.

Nas lojas das diferentes cidades que mantiveram os provadores a funcionar, há sempre um funcionário a fazer o controlo, havendo espaço entre as áreas de prova, quase sempre em regime de alternância entre si: um provador fechado ao lado de um aberto.

Quanto à roupa experimentada, ela tem de ser depositada num cesto próprio para posterior desinfeção. Contudo, num dos espaços visitados em Torres Vedras fica claro que devia haver mais controlo nesta zona porque não se percebe bem onde é que devem ser depositadas as peças.

Em Coimbra, a liberdade de circular nos espaços é total com contagem de clientes e desinfeção obrigatória antes de entrar, cumprindo as permissões já referidas acima. Quanto às distâncias de segurança, elas estão particularmente sinalizadas nas zonas de pagamento.

Medidas radicais: meias descartáveis e testers longe da vista