A cidade de Biarritz, em França, vai receber este fim de semana a próxima reunião dos G7, que terá a moda, a segunda indústria mais poluente do mundo, como um dos principais temas em discussão. No encontro vão estar presentes os chefes de Estado e Governo de oito países (EUA, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Espanha, com o presidente Pedro Sánchez como convidado), os presidentes da Comissão e Conselho Europeu e 20 dos principais grupos de moda e luxo de todo o mundo.
O objetivo é fazer um pacto global para lutar contra as alterações climáticas, proteger a biodiversidade e os oceanos criando uma indústria de moda mais sustentável. Emmanuel Macron, o Presidente francês, encarregou François-Henri Pinault, presidente e CEO da Kering, empresa-mãe de marcas como a Yves Saint Laurent, Gucci, Puma e Balenciaga, de liderar a iniciativa. A Inditex e a H&M também confirmaram presença, apesar de não terem divulgado a lista completa de empresas que vão participar nem que detalhes vão ser definidos em Biarritz.
A inclusão da sustentabilidade da indústria da moda na reunião dos G7 chega num momento em que o setor está debaixo de fogo, uma vez que estão previstas manifestações durante a próxima Semana de Moda de Londres. Os setores mais jovens da população são quem tem demonstrado estar mais consciente do problema. Muitos estão a virar costas ao modelo de fast-fashion para optar pela reutilização de peças de vestuário. De acordo com um estudo do Thredup, um site para consumidores que compram e vendem roupas em segunda mão, espera-se que este mercado ultrapasse o da fast-fashion em 2028.
Estas mudanças de comportamento por parte dos consumidores e a urgência que o planeta exige têm levado marcas distintas a tomar medidas. A marca & Other Stories anunciou recentemente que vai começar a vender roupa em segunda mão na sua loja online e a Inditex criou uma comissão para velar pela sustentabilidade e reduzir o seu impacto ambiental.
