ModaLisboa: AWAYTOMARS, estação em transição

Depois de David Ferreira seguiu-se, no âmbito do LAB, a plataforma coletiva de criadores AWAYTOMARS que apresentou uma coleção assente numa progressão dos tons frios – cinzentos, cremes, verdes claros e azuis esbatidos, para tonalidades mais coloridas e padrões – amarelos, verde mostrada e azuis.

Acompanhada pela mudança nos tecidos usados, conjuntos e cortes, a coleção teve a mesma base conceptual, num sentido praticamente literal. Foi pelos sapatos, de cores diferentes mas modelo igual – uns ténis fechados, com sola de borracha e uma dobra na parte de cima -, que se fez a ligação mais óbvia de um todo, que, dentro do diverso, conseguiu passar um conceito coerente e coletivo.

Os cortes assimétricos e geométricos, coordenados de t-shirts e calças – tanto para homem como para mulher – num estilo urbano e minimalista, com efeito metalizado e plastificado, foram dando lugar a vestidos e macacões com estampado tie dye, como se servissem de telas a pinceladas de tinta.

O desfile culminou com uma transição suave e gradual, em que os tecidos leves do início foram substituídos pelos acetinados, as mangas curtas pelas compridas e a conjugação das cores claras dos primeiros vestidos, pelas tons escuros e diferentes tons amarelos dos últimos.