Mónica Quintela vai ser porta-voz de Rui Rio para Justiça e Igualdade

Mónica Quintela GI_Miguel Pereira da Silva

Tornou-se conhecida do grande público por defender Pedro Dias, condenado à pena máxima de 25 anos de prisão por crimes de homicídio, sequestro, furto e detenção de armas proibidas em Aguiar da Beira, que tiveram lugar entre 11 e 16 de outubro de 2016.

Agora, ao mesmo tempo que prepara o recurso da decisão da primeira instância do Tribunal da Guarda, Mónica Quintela assume novas funções como porta-voz de Rui Rio, presidente do PSD, e para as áreas da Justiça, Cidadania e Igualdade.

Mónica Quintela [Fotografia: Facebook]

Tem 51 anos e tem sido o rosto da defesa deste caso mediático cuja rendição e detenção do, então, suspeito acabou em direto na RTP1, com a jornalista Sandra Felgueiras. A advogada minhota, licenciada na Universidade de Coimbra e a laborar na cidade, é casada com Rui da Silva Leal, também ele advogado e com quem faz dupla no patrocínio de casos.

Quintela integra, desde quinta-feira, 12 de abril, a lista do Conselho Estratégico Nacional (CEN), presidida por David Justino, e sob égide da liderança do social-democrata.

Uma estratégia sem… paridade!

Apesar de ser um órgão de estratégia da estrutura do partido, Rui Rio não cumpre aqui a paridade. Das 32 personalidades nomeadas, só nove são mulheres. Ou seja, menos de um terço. De acordo com Rui Rio, a média de idades entre os coordenadores é de 60 anos e nos porta-vozes ronda os 45.

A entidade conta com 16 áreas temáticas, sendo que algumas delas operarão fora de Lisboa, e conta com seis ex-ministros, três deputados e oito independentes que se encontrarão numa primeira reunião a 21 de abril, em Coimbra. O CEN, cujos membros não serão remunerados, têm por missão preparar o programa eleitoral do PSD para as legislativas, no outono do próximo ano.

Rui Rio “garantiu-me a paridade” no próximo congresso

Na lista desenhada por Rui Rio estão ainda outros objetivos como a produção de iniciativas legislativas e participação em conferências ou debates em nome do partido.

“Há aqui uma renovação, é justamente a capacidade de sabermos equilibrar a experiência e o saber e a ponderação com aquilo que é a vontade e dinâmica própria de quem é mais jovem”, declarou o presidente social-democrata. Aos jornalistas, afirmou não prever que “existam eleições antecipadas”. Caso tal acontecesse, teria de “conjugar o ‘timing’ com essa antecipação”.

Haverá ainda uma Comissão Consultiva, com militantes e personalidades independentes “de reconhecido mérito”, que deverão encontrar-se uma a duas vezes por ano. No entanto, estes elementos ainda não terão sido convidados.

Quem são elas no CEN

Das 16 áreas apresentadas, duas estarão integralmente nas mãos de mulheres: a dos Assuntos Europeus, com a coordenadora Isabel Meirelles e a porta-voz Mara Ribeiro Duarte, e a do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, que conta com a ex-ministra Maria da Graça Carvalho à frente da coordenação e Filipa Roseta como porta-voz.

Mónica Quintela [Fotografia: Facebook]

Para lá de Mónica Quintela na frente pública da área da Justiça, Cidadania e Igualdade, Rio escolheu porta-vozes femininas para as pastas das Relações Externas (Diana Soller) e Educação, Cultura, Juventude e Desporto (Cláudia André). Já na pele de coordenadoras estão Ana Isabel Miranda (Ambiente, Energia e Natureza) e Regina Salvador, a conduzir os Assuntos do Mar.

Imagem de destaque: Miguel Pereira da Silva/Global Imagens