Morreu a escritora Maria Isabel de Mendonça Soares

Maria Isabel de Mendonça Soares
Fotografia de Acácio Franco

A escritora Maria Isabel de Mendonça Soares, que dedicou a vida à promoção do livro para crianças, morreu na terça-feira aos 95 anos, revelou à Lusa a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

O corpo da escritora está em câmara ardente desde as 15:30 desta quarta-feira na Igreja da Parede e o funeral realiza-se na quinta-feira para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa.

Nascida em Lisboa em 1922, Maria Isabel de Mendonça Soares é autora de dezenas de livros para crianças – a maioria dificilmente se encontra nas livrarias -, tendo começado a escrever na década de 1940.

De acordo com a biografia disponibilizada na página oficial da DGLAB, a autora fundou as Bibliotecas Infantis “A Descoberta”, da Associação de Pedagogia Infantil, e dedicou-se durante várias décadas à formação de educadores de infância e ao ensino de Literatura para a Infância e Cultura Portuguesa.

Foi ainda tradutora de livros para crianças, como, por exemplo, a série “Pedrito Coelho”, de Beatrix Potter, e adaptou contos tradicionais e populares.

“A obra desta autora é essencialmente de caráter pedagógico. Atenta aos problemas do seu tempo e às crianças, diretas destinatárias da sua obra, num estilo leve e carregado de humor, não renuncia ao seu lugar de adulto junto da criança”, lê-se na biografia.

Entre as obras de Maria Isabel de Mendonça Soares constam “Os marujinhos perderam o norte” (1958), “Roda roda” (1969), “Algodão e Algodinho” (1973), “Viva a laranja (1977), “Contos no jardim” (1977) e “Dias de festa”.

Maria Isabel de Mendonça Soares colaborou ainda com várias publicações para a infância, algumas das quais ligadas à Mocidade Portuguesa, como Lusitas, Fagulha, Girassol, Camarada, Pisca-Pisca e Farol.


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