Carla Marangoni, a medalhada olímpica mais velha do mundo, morreu na quinta-feira, aos 102 anos, na sua casa em Pavia, Itália. A ginasta entrou para a história em 1928 quando, com apenas 12 anos, conquistou a medalha de prata por equipas nos Jogos Olímpicos de Amesterdão. Na época, as mulheres só podiam participar nos desportos que não lhes tirassem graciosidade: tiro ao alvo, ginástica, natação e atletismo.
Da equipa de Carla Marangoni, 11 anos antes da Segunda Guerra Mundial, faziam também parte Bianca Ambrosetti, Lavinia Gianoni, Luigina Giavotti, Virginia Giorgi, Germana Malabarba, Luigina Perversi, Diana Pizzavini, Luisa Tanzini, Carolina Tronconi, Ines Vercesi e Rita Vittadini. Carla Marangoni era a única que ainda estava viva.
“Irá permanecer para sempre como uma inolvidável protagonista da história do desporto italiano”, afirmou o Comité Olímpico Italiano ao comunicar a morte da antiga atleta.
Atualmente, o feito da italiana, que arrecadou uma medalha olímpica com 12 anos, não poderia repetir-se. Desde 1976, altura em que a romena Nadia Comaneci, aos 14 anos, recebeu uma nota 10 – desempenho perfeito – nos Jogos Olímpicos de Montreal, que a idade mínima para participar neste evento desportivo passou a ser de 16 anos.
Além de ter marcado a história do desporto a nível mundial, o jornal francês Le Parisien refere que Carla Marangoni foi uma das primeiras mulheres a passar no exame de condução e a ter as habilitações necessárias para comandar um barco em Itália.
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