Morreu Kate Millett, ícone do feminismo do século XX

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Kate Millett (Ulf Andersen/Getty Images)

Kate Millett, considerada a pioneira da segunda vaga do feminismo, morreu esta quarta-feira, 6 de setembro, em Paris, aos 82 anos. A autora do icónico livro ‘Sexual Politics’ (‘Política Sexual’), editado em 1970, que defendia que a desigualdade social começava com o domínio do homem sobre a mulher, não resistiu a um ataque cardíaco.

Nasceu a 14 de setembro de 1934, em Saint Paul, no estado americano do Minnesota, e a sua obra ‘Sexual Politics’ foi a sua tese de doutoramento, na universidade de Columbia e o primeiro trabalho sobre género com aquela pós-graduação académica, nas universidades de Columbia e Oxford.

No livro, que foi um sucesso imediato nos movimentos feministas, Millett olhou para a luta das mulheres a partir de uma ideia central, a de que “o patriarcado é uma ideologia dominante sem paralelo; é provável que nunca nenhum outro sistema tenha exercido um controlo tão completo sobre os seus sujeitos”, escreveu.

A segunda vaga do feminismo, que percorreu as décadas de 1970 e 1980, focou-se nos direitos reprodutivos das mulheres, no seu papel na família e no mundo do trabalho.

Ativista, escritora e escultora, Kate Millett morreu na companhia da sua mulher, e colaboradora de longa data, a fotojornalista Sophie Keir, refere o ‘The Guardian’. Faria 83 anos na próxima semana.

 

 

Kate Millett (Ulf Andersen/Getty Images)