Morreu Milan Kundera. Escritor tinha 94 anos e sucumbiu a doença prolongada

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[Fotografia: Miguel MEDINA / AFP]

O autor checo e a residir em França Milan Kundera morreu na terça-feira, 11 de julho. A informação foi confirmada pela sua porta-voz, Anna Mrazova, à agência de notícias France Presse. “Infelizmente, venho confirmar que Milan Kundera morreu ontem [terça-feira], vítima de doença prolongada”, afirmou.

O autor de títulos incontornáveis como A Insustentável Leveza do Ser e considerado um dos mais importantes escritores do século XX teria agora em Portugal, em julho, lançamentos de escritos inéditos: Um Ocidente sequestrado ou a tragédia da Europa Central, publicado pela primeira vez em França em 2021, chega este mês às livrarias em Portugal, pela mão da Dom Quixote. Uma obra que se revela extremamente atual na reflexão sobre a Europa que estamos a construir, segundo a editora.

Esta obra contém dois textos escritos antes da Queda do Muro de Berlim e do fim da Guerra Fria: o discurso de Kundera ao Congresso dos Escritores da antiga Checoslováquia, em 1967, em plena Primavera de Praga, que culmina no ano seguinte; e um artigo publicado na revista francesa Le Débat, em novembro de 1983, quando Kundera já vivia em França.

Milan Kundera nasceu a 1 de abril de 1929, em Brnö, na antiga Checoslováquia e, em 1975, fixou residência em Paris, adotando em 1981 a nacionalidade francesa.

Milan Kundera recebeu o Prémio Médicis (1973), o Prémio Mondello (1978), o Prémio Common Wealth (1981), o Prémio Jerusalém (1985) e o Prémio Independent de Literatura Estrangeira (1991).

[Em atualização]

Com agências