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Morreu ‘musa’ e ex-mulher de Pablo Picasso. Françoise Gilot tinha 101 anos

Francoise Gilot [Fotografia: JEAN-PIERRE MULLER / AFP]

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Françoise Gilot tinha pouco mais de 20 anos quando se cruzou e se apaixonou pelo célebre pintor francês Pablo Picasso, 40 anos mais velho do que aquela já promissora pintora francesa, oriunda de uma família abastada de Paris. Estiveram juntos dez anos, entre 1943 e 1953, e tiveram dois filhos: o multifacetado artista e responsável cultural Claude e a designer, joalheira e empresária Paloma Picasso.

Mas a rutura entre o casal seria particularmente pesada para Françoise Gilot, quando Picasso começou a exercer pressão sobre galerias para que estas não mostrassem o trabalho da ex-companheira, que hoje tem obras espalhadas pelo mundo, entre eles Metropolitan Museum of Art e o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, e o Centre Pompidou em Paris, França.

A pintora, que morreu nesta terça-feira, 6 de junho, aos 101 anos, lançou também o livro Life With Picasso (‘A Vida com Picasso’, em tradução portuguesa), 11 anos após a separação (1964), o que terá avolumado ainda mais a fúria do consagrado pintor espanhol.

Um livro de memórias carregado de revelações que se tornou um best-seller internacional e que levou ao corte radical de relações entre o pintor e a então ex-companheira e os filhos.

Entre o fim do amor com Picasso e o lançamento do polémico livro, Gilot refez a vida, casou-se com o artista Luc Simon e voltou a ser mãe: a filha Aurelia foi quem revelou ao mundo desaparecimento da mãe, fruto de doenças no coração e pulmões. Françoise e Luc viriam a separar-se em 1962.

No início da década de 70 do século passado, a pintora voltaria a casar-se, mas com o médico Jonas Salk, que criou a primeira vacina contra a poliomielite. O casal passaria a dividir a vida entre a Califórnia, nos Estados Unidos da América, e o sul de França.

Porém, em 1995, com a morte do companheiro, Gilot mudar-se-ia definitivamente para o outro lado do Atlântico, onde, a partir de Manhattan continuou a pintar, a supervisionar a apresentação da sua obra e a escrever.