Uma mulher foi assassinada no domingo à noite na Golegã, distrito de Santarém, elevando o número de mulheres assassinadas, só este ano, para 10 mulheres (mais uma menina de dois anos), segundo a UMAR. O homicida, o ex-companheiro da vítima, pôs-se em fuga após o crime, acabando por ser detido mais tarde pela GNR em casa de uma irmã, disse fonte da Guarda Nacional Republicana à Lusa.
O caso está a ser investigado pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ, que apreendeu a arma do crime, uma caçadeira.
Segundo a PJ, o crime terá ocorrido às 23h30, deste domingo, no parque de estacionamento de uma danceteria na Golegã, tendo o agressor “disparado pelo menos dois tiros de caçadeira, atingindo-os pelas costas e provocando logo ali a morte da mulher e ferimentos no homem” que a acompanhava. Quando os bombeiros chegaram ao local, a vítima “estava em paragem cardiorrespiratória, tendo sido efetuadas, sem sucesso, manobras de reanimação”, acrescentou à Lusa fonte do CDOS de Santarém.
A vítima, de 53 anos, residia na zona da Chamusca. O detido, de 62, era residente na zona de Torres Novas, afirma a mesma nota da Polícia Judiciária.
O suspeito, que passou a noite nas celas do posto da GNR da Golegã antes de ser entregue à guarda da PJ, vai ser ainda presente às autoridades judiciárias para aplicação de medidas de coação.
Entretanto, a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) revelou hoje os dados de 2018, do relatório do Observatório das Mulheres Assassinadas. De acordo com a organização foram registados 28 casos de mulheres assassinadas em 2018, mais oito do que no ano anterior.
Recorde-se que a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias aprovou no passado dia 13 de fevereiro a audição urgente da então ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques sobre a temática da violência doméstica.
No entanto, com a última remodelação governamental e a sua saída do governo, deverá ser Mariana Vieira da Silva, a nova responsável pela pasta, que tutela a Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade, a responder às questões do deputados. Ainda não é conhecida a data para a audição da nova ministra sobre o tema.
AT com Lusa
Violência doméstica: Parlamento aprova audição urgente da ministra da Presidência