Emocionada e agradecida, Giovanna Ewbank partilhou um longo texto onde falou sobre a condenação da influenciadora brasileira Dayane Alcântara Couto de Andrade, conhecida por Day McCarthy, após comentários racistas à filha mais velha, Chissomo, a Títi, de apenas 11 anos.
“Quando nossa filha Chissomo tinha apenas quatro anos, em 2017, foi alvo pela primeira vez do racismo. Títi, como vocês conhecem, nem sabia que poderia ser vítima assim como ocorre com todas as crianças pretas”, escreveu a atriz.
“O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – aqui, às vezes o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmensurado. Demos voz aos idiotas?”, acrescentou, explicando que “mesmo com todos os privilégios, o caminho foi longo”, visto que só conseguiram avançar com a denúncia em maio de 2021.
“E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? Oito anos e nove meses de prisão em regime fechado”, revelou.
“Esta é a primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e esta ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo a redução. E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça”, acrescentou, salientando que foi uma vitória “coletiva e de toda uma comunidade”.
“A comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar”, rematou.
Tití é a mais velha dos irmãos. Giovanna Ewbank, de 37 anos, e Bruno Gagliasso, de 42, são também pais adotivos de Bless, de nove anos, e biológicos do pequeno Zayn, de quatro.