Mulher Maravilha, o crescimento rápido da super heroína

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Estreia esta quinta-feira o filme ‘Mulher Maravilha’, da realizadora Patty Jenkins e protagonizado pela atriz israelita Gal Gadot. A narrativa centra-se na primeira ação da Mulher Maravilha para salvar o mundo, no contexto da Primeira Guerra Mundial.

Diana – é este o nome próprio da Mulher Maravilha – cresce numa ilha de Amazonas, grandes guerreiras da Antiguidade, que estão em constante preparação para uma batalha final entre o Bem e o Mal. Os deuses que presidem a este sistema maniqueísta estão quase todos mortos – Zeus usou o seu último fôlego para criar a ilha onde as Amazonas vivem protegidas e incógnitas do mundo exterior. Todos os outros deuses foram assassinados por Ares, que continua vivo e, como se verá mais à frente, de boa saúde.

É nesse tempo parado que cresce Diana, a ouvir histórias da mitologia grega, a ler tratados sobre o mundo, sobre os humanos, sobre as emoções e a treinar as artes da guerra. A normalidade é interrompida pela entrada de um espião britânico e de uma armada alemã que o persegue, e todos – à exceção de Steve, o piloto inglês – são dizimados pelo esquadrão de Amazonas, mesmo depois de estas serem surpreendidas pelas armas de fogo, uma tecnologia desconhecida na Antiguidade. A partir deste momento Diana descobre que há uma guerra universal a decorrer e enceta uma viagem ao mundo exterior para matar Ares e acabar a Guerra.

O filme tem uma duração de duas horas e 15 minutos que passam a correr. Muito por causa dos registos que Patty Jenkins consegue equilibrar: ação, comédia, romance e suspense. As cenas de treino e de batalha das Amazonas com que o filme abre são de uma beleza e de uma rapidez impressionantes – vemos mulheres fortes, musculadas a lutar com espada, a saltar alturas impossíveis. A descoberta do mundo para lá dos livros que Diana vai tendo origina momentos hilariantes. O amor que vai crescendo de forma muito progressiva entre a Mulher Maravilha e o piloto Steve vai fiando o romance, por entre cenas de tiros, pancadaria e destruição. A busca de Ares e as viragens que a história dá quando tudo parece já resolvido, criam suspense.

A única cena de sexo do filme é aristotélica – mostra-se o essencial para se perceber o que vai acontecer no quarto da pensão da aldeia resgatada aos alemães, mas não se vê mais do que 20 segundo de um beijo.

Sem ser uma obra-prima da sétima arte, este ‘Mulher Maravilha’ tem todos os bons ingredientes do cinema de Hollywood. Ficamos com ele a saber as origens de uma das personagens femininas mais características da Banda Desenhada norte-americana com um filme que é uma boa sessão de cinema para ver em família (a partir dos 12 anos) com bons exemplos de força, bondade, espírito de equipa mais no feminino, é certo, mas também no masculino.