Mulher sujeita a quimioterapia durante a gravidez é mãe de um rapaz saudável

cancro e gravidez_ Instagram
[Fotografia: Instagram]

A fotografia não podia ser mais comovente. Jade Davis acaba de ser mãe aos 36 anos e num processo de gestação complexo uma vez que foi sujeita a quimioterapia durante a gravidez. Agora, a norte-americana, oriunda da Califórnia, foi mãe de um rapaz saudável, segundo os relatos feitos pela irmã daquela na rede social Instagram.

A imagem, partilhada por múltiplos meios de comunicação social, está a comover o mundo, ou não fosse portadora de uma mensagem de esperança para quem tem cancro de mama, uma doença que atinge essencialmente mulheres e em idades cada vez mais precoces.

Jade Davis viu-lhe ser diagnosticado um tumor, em fevereiro. Devido à sua condição de saúde, teve de ser sujeita à quimioterapia, mesmo estando grávida. O bebé nasceu este mês de outubro e todos os relatos apontam para que esteja tudo bem.

“A minha irmã é extraordinária”, começou por escrever Jasmine, irmã mais velha de Jade. “No primeiro trimestre desta gravidez surpreendente e milagrosa, ela descobriu um caroço no peito. Depois de insistir em fazer a biópsia, esta revelou o seu pior medo: estágio 2 de cancro de mama. Foi-lhe dito que o bebé que esperava era muito jovem para sobreviver aos tratamentos”, descreveu a irmã na longa mensagem de Instagram e que pode ser lida no original abaixo.

https://www.instagram.com/p/B37INUJF2Yu/

E prosseguiu: “Pesando cuidadosamente as opções, encontrou o centro médico local e os maravilhosos médicos que foram capazes de salvar os dois. Bradley nasceu e sobreviveu ao cancro e à quimioterapia com a mãe. Ele é saudável e bonito. Ele é o milagre dela. Sem a gravidez e a defesa instintiva de sua saúde e da de Bradley, o cancro podia ter passado despercebido e os dois podem não estar aqui.”

Tenho orgulho dela, não apenas porque sobreviveu, mas pela perspetiva positiva que ganhou (…) Também tenho orgulho da comunidade que demonstrou amor e compaixão”, acrescentou Jasmine.

Apesar de o tempo ser de alegria, é também de permanente vigília e de pedidos de ajuda, sobretudo num país onde a licença maternal não é um direito garantido como em Portugal.

Jasmine pede para que esta história seja partilhada como fonte de incentivo para continuar a luta e revela que foi criada uma plataforma de donativos – “Gofundme (link na biografia)” – “na esperança de que ela possa obter esse tempo extra necessário para estar com o filho”, pediu.

Os exames mostraram que este cancro agressivo não se espalhou, mas queremos dedicar mais tempo a tudo isto antes de regressar ao trabalho a tempo inteiro. Ela precisa de tempo para se curar e recuperar do turbilhão, mas também para começar um novo capítulo com o bebé”, escreve.