Há mais mulheres nas autarquias portuguesas

De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Administração Interna contabilizados pelo Delas.pt, são 32 as mulheres que vão assumir o mais alto cargo em municípios, mais nove do que em 2013.


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Percentualmente, contudo, continua a ser um número residual de responsáveis autárquicas face ao global de 308 câmaras. Ou seja, elas representam 10,8% do total de autarquias.

Na galeria acima, que está ainda em atualização, conheça os rostos femininos do novo mapa autárquico português.

Ainda com quatro concelhos por fechar, fica-se já a saber que Beja, Braga, Castelo Branco, Guarda, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu foram os distritos do país que, pelas contas do Delas.pt, não vão ter nenhuma mulher à frente dos destinos camarários.


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Em 1976 – e perante 304 câmaras municipais – foram cinco as primeiras mulheres autarcas no país. Judite Abreu venceu Coimbra como independente numa lista do PS, Alda Victor assumiu a câmara de Vagos, Francelina Chambel ocupou a cadeira municipal do Sardoal, Odete Isabel venceu na Mealhada e Maria de Lurdes Breu esteve, durante vários mandatos, à frente de Estarreja. Estas foram as primeiras candidatas do sexo feminino a vencer autárquicas em democracia.

Quatro anos depois e com o país a ganhar um 305º município, o número de mulheres baixou para quatro. Em 1982 subiu para seis, tendo voltado a quatro em 1985. Nos sufrágios de 1989 e 1993 foram cinco as mulheres vencedoras, tendo o número mais do que dobrado em 1997. Neste ano, foram 12 as candidatas do sexo feminino a ocupar as cadeiras autárquicas.

Com nova mexida nas autarquias do país e com o número de câmaras a aumentar para as 308, o sufrágio de 2001 entregou a mais poderosa cadeira municipal a 16 mulheres. Desde aí que o aumento tem sido a tendência, com o máximo registado em 2013, com 23 autarcas mulheres. Este valor volta, este domingo, 1 de outubro, a ser suplantado em 2017.

Imagem de destaque: Getty Images