Mulheres criam mais empatia com os animais de estimação

Há estudos que revelam que as mulheres têm mais empatia com os animais de estimação, em especial cães e gatos, do que os homens. E há diferentes razões para isso, como explica ao Delas.pt Catarina Mendes, médica veterinária e formadora da Royal Canin. Uma delas é o facto de as mulheres serem, por norma, as cuidadoras, e isso acabar por se estender aos animais de estimação. Por outro lado, o retorno que elas recebem dos seus animais de estimação também contribui para o fortalecimento dessa ligação.

“As mulheres têm de facto mais empatia, na generalidade, com os cães e os gatos, por serem tipicamente cuidadoras e por obterem dessa relação companheirismo, afeto e lealdade que alegam não receber noutras relações”, refere a veterinária de 37 anos.

Catarina Mendes acrescenta que os estudos “indicam que uma mulher solteira tem mais probabilidade de adotar um animal de estimação do que um homem solteiro” e mesmo quando essa adoção é feita em casal, é a mulher que “assume os cuidados do animal e a tomada de decisões acerca do mesmo.”

Esse cuidado e a empatia daí resultante podem justificar o que dizem outros estudos sobre a predileção dos animais de estimação em relação ao género dos donos – que recai sobre o sexo feminino.

“Na generalidade, os animais preferem pessoas com voz mais suave e linguagem corporal mais calma. Os homens podem ser ameaçadores pela sua voz e postura corporal”, nota a especialista.

Da mesma forma, defende que os animais também tendem a preferir adultos em relação a crianças. “As crianças tendem a ter um comportamento mais imprevisível e provocam alguma ansiedade nos animais”.

Mas os afetos não são uma ciência exata, nem nas relações humanas, nem entre as pessoas e os seus respetivos animais de estimação. E apesar das razões acima descritas revelarem uma determinada tendência, há outros fatores que entram na equação e podem produzir um resultado mais equilibrado do ponto de vista do género e idade. “Depende do animal, do seu ambiente e de como foi feita a sociabilização aquando do seu crescimento”, remata Catarina Mendes.

 

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