Mulheres estão a ficar mais ricas, mais rapidamente

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Sexo feminino, poder e riqueza. As mulheres estão a gerir mais dinheiro e mais depressa do que os homens. De acordo com os dados do jornal Financial Times, tudo indica que, nos próximos cinco anos, elas tutelem 18 biliões de dólares (15.5 biliões de euros) no mundo, um crescimento que é 8% mais rápido do que para os homens.

Este incremento dá continuidade a uma tendência que já se verificava em 2009, quando 27% da riqueza estava nas mãos do sexo feminino. Atualmente, refere a mesma publicação, essa percentagem cifra-se nos 30%.

A Ásia é um dos continentes que está à liderar a mudança, com o número de mulheres, a assumir negócios por via da família, herdando-os dos pais, a aumentar. Já na Europa e nos EUA, a história é bem diferente. Como elas vivem mais, há ainda uma geração antiga a liderar os negócios, antes de os passar para os descendentes.

Mas porque é que isto está a acontecer?

O FT não tem dúvidas: as mulheres gostam cada vez mais de ver as suas pares nesta posição de liderança e gestão. Ao mesmo tempo, são tidas por melhores e mais insistentes negociadoras, detalham mais os contratos e conseguem fazer o equilíbrio entre família e mundo empresarial. Por esta última razão, elas estão mais focadas no lado emocional que se vive na empresa do que apenas e só à componente financeira.

Mas nem tudo são boas notícias: onde é que elas estão no dinheiro “novo”?

Numa semana em que a cimeira do empreendedorismo e tecnologia se instala em Portugal, as listas de novos investidores parecem contar com poucas mulheres.

No top 10 da recém-publicada que elenca os maiores investidores em tecnologia – a Forbes 2017 Midas List Europe -, só existe uma mulher: Sonali De Rycker, em 5ª posição.

Ao todo e dos 25 investidores apresentados, apenas três são mulheres. Para lá da responsável que ocupa a 5ª posição, a lista integra Reshma Sohoni (16.º) e Laurel Bowden (22.º).

Esta contagem, apresentada pela Lusa e que revela as pessoas que estão “a transformar o ecossistema tecnológico na Europa”, é encabeçada por Neil Rimer, cofundador da Index Ventures. Neste trabalho que anuncia “os investidores de elite que apoiaram algumas das empresas tecnológicas mais transformadoras, como a Spotify ou a Supercell”, Rimer conta com investimentos na Betfair e no Skype, adquirido pelo eBay por 2,6 mil milhões de dólares (2,24 mil milhões de euros) e depois pela Microsoft por 8,5 mil milhões (7,4 mil milhões de euros).

Declan Kelly, diretor do Venture, um simpósio fechado que decorre em Lisboa, considera que a lista anunciada pela Forbes “é o ‘ranking’ definitivo de investidores em venture capital, sublinhando que a Web Summit e a Venture são os “primeiros eventos para ‘startups’ e investidores em tecnologia”.

“Ficamos muito satisfeitos por muitos dos nossos investidores de longo prazo estarem na lista e estamos animados para continuar a ajudá-los a investir nas melhores empresas tecnológicas da Europa“, acrescentou.

A maior parte dos investidores operam a partir do Reino Unido (18), seguindo-se Israel (três), a Suíça (dois) e a Suécia e França (um em cada país).

Imagem de destaque: Shuterstock