Pedidos de apoios aos pais caem a pique no segundo confinamento

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[Fotografia: António Pedro Santos/Lusa]

Desde a suspensão das aulas e encerramento das aulas a 15 de janeiro e com as crianças em casa, foram submetidos 61 mil pedidos ao abrigo da medida excecional de apoio à família. O número foi apresentado esta quarta-feira, 10 de fevereiro, no parlamento, pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho. “Este apoio em 2020 abrangeu cerca de 201 mil pessoas e nesta reativação, nos 15 dias de janeiro, nos mesmos moldes, já temos 61 mil pedidos de pessoas para recorrerem ao apoio à família”, afirmou.

No entanto, se compararmos estas primeiras semanas de janeiro com a primeira semana em que o apoio aos pais foi entregue, entre 30 de março e 10 de abril, os números são bem distintos. Naquelas primeiras semanas de entrega do apoio, o Gabinete de Estratégia e Planeamento reportou a entrada de 172 mil e 276 pedidos, que representou cerca de 83 milhões de euros, na sua maioria feitos por mulheres. Os dados de janeiro ainda não apresentam a informação por género.

Um decréscimo que tem vindo a ser justificado com maior número de pessoas em teletrabalho e, por outro lado, a tentativa de evitar corte salarial. Uma vez pedido este apoio apenas há lugar ao pagamento de 2/3 do ordenado.

Recorde-se que esta medida tinha sido concebida para proteger os rendimentos dos pais que se viram obrigados a faltar ao trabalho para acompanhar os filhos, que ficaram em casa devido ao encerramento das escolas.